Karoline Leavitt, assessora de comunicação da Casa Branca, voltou a atacar jornalistas nesta segunda-feira, mas não conseguiu fugir de uma questão polêmica que a envolveu na semana passada. A dúvida sobre quem teria escolhido Budapeste como local para encontro entre o presidente Donald Trump e o líder russo Vladimir Putin continuou sem resposta clara, e um comentário irônico de Leavitt acabou causando mal-estar.
Reação polémica e respostas evasivas
Quando questionada por HuffPost sobre quem escolheu Budapeste para o encontro, Leavitt respondeu com uma resposta inusitada: “Sua mãe fez”. O comentário foi seguido por uma resposta do coordenador de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, que repetiu a mesma frase em tom de zombaria.
Leavitt publicou ontem uma mensagem em suas redes sociais, no perfil X, anteriormente Twitter, caracterizando o repórter S.V. Dáte como “um hack de esquerda que constantemente ataca o presidente Trump e envia mensagens com pontos de vista democratas”, alegando que suas ações eram motivadas por viés político. Ela não abordou, contudo, a questão central sobre a decisão de escolher Budapeste como sede do evento.
Ausência de esclarecimentos e implicações políticas
Embora tenha divulgado críticas a jornalistas, Leavitt não respondeu às perguntas relacionadas às recentes declarações de Donald Trump sobre a guerra na Ucrânia. O ex-presidente sugeriu que as atuais linhas de batalha em território ucraniano poderiam ser “fixas”, o que foi interpretado como um incentivo a uma eventual concessão de territórios à Rússia. Essa posição contrasta com a condenação internacional às ações do Kremlin, incluindo as acusações de crimes de guerra contra Vladimir Putin pelo Tribunal Penal Internacional.
Especialistas avaliam que o episódio reforça a postura controversa de membros da assessoria de Trump, que frequentemente adotam discursos combativos e evitam perguntas que possam envolver temas delicados, como a relação com Putin e a situação na Ucrânia.
Perspectivas futuras e impacto na opinião pública
Analistas apontam que a reação de Leavitt, marcada por respostas infelizes, pode prejudicar sua imagem e a credibilidade da comunicação oficial do governo Biden. A controvérsia ocorre em um momento de alta tensão política, onde cada declaração é rigorosamente analisada por opositores e apoiadores.
Por ora, cabe à Casa Branca esclarecer as circunstâncias que envolveram a escolha de Budapeste e refletir sobre a estratégia de comunicação diante de críticas internas e externas. A polêmica evidencia os desafios do governo em responder perguntas complexas sem gerar interpretações equivocadas ou desnecessários conflitos públicos.