Nesta segunda-feira (30), a assessora de comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, tornou-se tema de controvérsia ao compartilhar mensagens pessoais com um repórter e fazer uma resposta considerada desrespeitosa. A troca de mensagens ocorreu após a questão sobre quem escolheu Budapeste como local para uma possível reunião entre o presidente Donald Trump e o líder russo Vladimir Putin.
Resposta polêmica de Leavitt provoca repercussão
Durante uma entrevista, HuffPost questionou quem foi responsável pela decisão de escolher a capital húngara, uma cidade onde, há três décadas, a Rússia prometeu não invadir a Ucrânia, compromisso que Vladimir Putin vem violando desde 2014. Em resposta, Leavitt respondeu de forma infantil: “Sua mãe fez”, acompanhada de uma mensagem enviada por ela e pelo seu colega Steven Cheung, que também respondeu “Sua mãe”.
Na plataforma X, antiga Twitter, Leavitt justificou sua postura, chamando o jornalista S.V. Dáte de “hack de esquerda” e afirmando que ele bomba seu telefone com “falácias democratas”, criando uma narrativa distante dos fatos. A assessora, no entanto, não respondeu à questão original nem às perguntas subsequentes sobre a suposta influência de Donald Trump na reunião com Zelenskyy nesta semana.
Contexto internacional ligado à escolha de Budapest
Histórico da relação da Hungria com a Rússia e a Ucrânia
Budapeste, além de ser palco de encontros diplomáticos, carrega um histórico delicado. A cidade foi onde a Rússia prometeu, há cerca de 30 anos, não invadir a Ucrânia, mas Vladimir Putin violou essa promessa em 2014 e intensificou os ataques desde então. O líder húngaro Viktor Orban, aliado de Putin, permanece como o único chefe do Conselho Europeu e da NATO a apoiar o invasor, o que reforça a complexidade da questão.
Segundo especialistas, a postura de Orban e a escolha de Budapeste refletem interesses políticos e estratégicos que envolvem a geopolítica da região. A dúvida sobre quem decidiu a localização para o encontro entre Trump e Putin se amplia diante desse cenário.
Repercussões e críticas internas
A resposta de Leavitt gerou reações negativas na mídia e nas redes sociais, onde muitos usuários criticaram sua postura infantil e a falta de conteúdo relevante na sua comunicação oficial. Análises apontam que a troca mostra a dificuldade da Casa Branca em lidar com a transparência e a seriedade das questões internacionais.
Especialistas alertam que atitudes como essa podem afetar a credibilidade do governo norte-americano em temas de segurança e política externa, sobretudo em um momento de tensão crescente na região.
Perspectivas futuras
Analistas sugerem que a controvérsia pode impactar a imagem de Karoline Leavitt dentro do próprio governo e gerar debates sobre o uso adequado das redes sociais por representantes oficiais. Além disso, a questão sobre a localização do encontro entre Trump e Putin permanece sem uma resposta clara, alimentando especulações no meio político internacional.