A confirmação do potencial exploratório da Bacia da Foz do Amazonas pode elevar a produção de petróleo do Brasil para mais de 5 milhões de barris por dia até a próxima década, colocando o país entre os quatro maiores produtores globais de petróleo. O avanço depende, entre outros fatores, da realização de perfurações na região, autorizadas recentemente pelo Ibama.
Potencial de aumento na produção de petróleo
Analistas indicam que, caso o potencial da região seja confirmado, o Brasil poderá ultrapassar Canadá e China, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia. Segundo estudo divulgado pelo jornal O Globo, a região pode adicionar 6,2 bilhões de barris recuperáveis às reservas brasileiras, mais da metade das atuais reservas provadas da Petrobras. Para Rivaldo Moreira Neto, diretor da A&M Infra, a licença concedida ao país indica uma tendência de desenvolvimento de novas áreas na Bacia da Foz do Amazonas.
Autorização para perfuração na Margem Equatorial
Na última segunda-feira, o Ibama autorizou a Petrobras a perfurar o primeiro poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial. Segundo Rivaldo Moreira Neto, essa permissão revela o potencial de crescimento da produção na região, sobretudo se as empresas privadas que participaram do último leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) obtiverem sucesso em futuras campanhas exploratórias.
Expectativas e possibilidades futuras
Dados da Trading Economics apontam que o Brasil atualmente ocupa a sétima posição no ranking mundial de produção de petróleo, com cerca de 3,9 milhões de barris diários. Com a exploração da Bacia da Foz do Amazonas, especialistas acreditam que o país pode alcançar um novo patamar de produção, semelhante ao de vizinhos como Guiana e Suriname, que produzem entre um e dois milhões de barris diários cada.
Segundo o estudo, o movimento de autorização de perfurações cria um cenário mais favorável ao setor, com o potencial de impulsionar futuras campanhas de exploração e leilões na região. A expectativa é que o desenvolvimento dessa fronteira possa contribuir para que o Brasil preserve sua relevância na produção de petróleo e até mesmo retome a trajetória de crescimento na próxima década.
Impacto ambiental e etapas futuras
Para avançar na exploração, a Petrobras precisará cumprir 29 condições específicas estabelecidas pelo Ibama para a perfuração de poços na região. A abertura dessa nova fronteira também abre caminho para ampliar os estudos e ampliar a produção nacional de petróleo ao longo dos próximos anos.
Em junho, a ANP realizou um leilão em que 19 blocos na Margem Equatorial foram arrematados, sendo que a Petrobras liderou, adquirindo 13 blocos, muitos em consórcios com ExxonMobil. A expectativa é de que os próximos anos sejam decisivos para o desenvolvimento dessa nova fonte de petróleo.
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