No emocionante cenário do Mundial de Ginástica Artística em Jacarta, na Indonésia, Flávia Saraiva, a talentosa ginasta carioca de 26 anos, destacou-se na fase classificatória ao garantir a segunda melhor nota na trave de equilíbrio, seu aparelho predileto, com 13.833 pontos. A liderança geral foi conquistada pela chinesa Qingying Zhang, que obteve 14.366 pontos. Com duas medalhas na última edição do Mundial, realizada em Antuérpia, na Bélgica, a brasileira se prepara para a final da trave, marcada para este sábado às 4h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil, Cazé TV e SporTV2.
Desempenho notável em meio à competição
Neste evento, Flávia não apenas demonstrou sua habilidade na trave como se posicionou entre as melhores do mundo. Apesar de ter liderado a disputa momentaneamente, ela foi superada por Zhang na última subdivisão. Flávia destacou-se ao ser a única a conseguir uma nota superior a 8 na execução, obtendo 8.333, enquanto Zhang conquistou 7.866. No entanto, a ginasta chinesa levou a melhor em razão da maior dificuldade da sua série, avaliada em 6.500, em comparação aos 5.500 de Flávia.
A romena Sabrina Maneca-Voinea empatou com a nota de Flávia, mas ficou em terceiro devido a uma nota inferior na execução. Entre as concorrentes, a argelina Kaylia Nemour, mesmo após uma queda, garantiu a oitava melhor nota.
A recuperação e a expectativa para a final
Francisco Porath Neto, coordenador técnico da seleção brasileira feminina de ginástica artística, expressou sua satisfação com o desempenho de Flávia, afirmando: “Estamos muito felizes com a final da trave, um aparelho que ela aprecia muito. Esse resultado demonstra que Flávia está retornando bem às competições e recuperando o ritmo. É um passo importante no processo de retomada das nossas atletas mais experientes ao cenário internacional.”
No entanto, nem tudo foi perfeito para a ginasta. No solo, ela apresentou uma série simplificada e não avançou para a final, explicando que teve pouco tempo de treino com a série completa após uma cirurgia no ombro realizada em setembro de 2024.
Brasil brilha no masculino também
No lado masculino, o Brasil celebrou a classificação de dois ginastas para a final do individual geral: Caio Souza e Diogo Soares. Caio avançou com a oitava posição, alcançando 79.166 pontos, e Diogo, por sua vez, se classificou em décimo lugar com 78.798 pontos. Essa disputa masculina será realizada nesta quarta-feira, a partir das 8h20 (horário de Brasília), transmitida pelo Canal Olímpico do Brasil, Cazé TV e SporTV2.
Diogo Soares, destacando-se em sua terceira final do individual geral, já havia marcado presença nas edições anteriores em Liverpool e Antuérpia, além de sua participação nas Olimpíadas de Tóquio em 2021. Por sua vez, Caio figura entre os 24 melhores do mundo pela sexta vez em sua carreira em um Mundial, destacando-se nas argolas e outros aparelhos com notas expressivas.
Expectativa para a final das argolas
Na madrugada da última segunda-feira, Caio Souza também garantiu sua vaga na final das argolas, um feito que apenas dois brasileiros, incluindo Arthur Zanetti – campeão mundial em 2019 e medalhista olímpico – conseguiram. A trajetória de Caio é notável, pois ele se torna um dos poucos a alcançar a final em dois dispositivos distintos, refletindo um desempenho robusto no evento.
Contudo, nem todos os ginastas conseguiram avançar. Arthur Nory, que aparecia como um potencial finalista na barra fixa, falhou em sua apresentação e não garantiu uma vaga. Vitaliy Guimarães e Tomás Florêncio também não avançaram, colocando-se fora da disputa por medalhas.
Nas palavras de Flávia e seus colegas, o retorno aos palcos internacionais, especialmente após desafios físicos e técnicos, revela a resiliência e a determinação dos atletas brasileiros. A expectativa é alta para a grandiosa final da trave e demais competições, que promete ser um espetáculo de habilidade e paixão pela ginástica artística.
