Na última segunda-feira, durante uma visita à Bolívia para celebrar o centenário da Federação Boliviana de Futebol (FBF), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou sua intenção de trazer um torneio da Copa do Mundo ao país andino. Uma declaração que, embora não tenha especificado datas ou categorias, representa um avanço significativo para o futebol boliviano, historicamente marginalizado em relação às grandes competições mundiais.
Compromisso de Infantino
Infantino, que estava acompanhado pelo presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, expressou seu entusiasmo com o potencial da Bolívia para sediar um Mundial. “Vamos trazer uma Copa do Mundo para cá, claro, é evidente; vamos ver, vamos conversar sobre qual Copa do Mundo estamos falando”, declarou o dirigente, sinalizando que a conversa sobre a possibilidade já começou.
Desafios para a candidatura boliviana
Apesar do incentivo do presidente da Fifa, a realidade é que a escolha das sedes dos mundiais depende de um processo de votação que envolve mais de 200 países filiados à Fifa. Portanto, o apoio de Infantino, embora significativo, não garante que a Bolívia consiga sediar uma Copa do Mundo a curto prazo. A capacidade de organização, infraestrutura de estádios e outros fatores logísticos serão cruciais no processo de escolha.
Reuniões com autoridades locais
Durante sua visita, Infantino mencionou que iniciará diálogos com o recém-eleito presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, a respeito da organização de um eventual Mundial no país. Este tipo de compromisso é essencial para que a Bolívia possa apresentar um projeto viável, capaz de convencer a comunidade internacional e a própria Fifa sobre sua capacidade de realizar um evento dessa magnitude.
Contexto do futebol na Bolívia
A visita de Infantino não ocorreu em um momento isolado. O maior sindicato de jogadores da Bolívia, o Fabol, fez recentemente um apelo à Fifa pedindo que a entidade intervenha na FBF devido a alegações de corrupção. A falta de confiança na gestão atual do futebol boliviano pode complicar ainda mais qualquer tentativa de sediar uma Copa do Mundo, visto que a integridade e a transparência são essenciais em eventos dessa proporção.
Críticas e solicitações por maior transparência
Antes da chegada de Infantino, o Fabol denunciou “ilegalidades” cometidas por dirigentes da FBF. A pressão sobre a Fifa para que intervenha pode ser um fator que impacte as negociações sobre a Copa do Mundo. A federação local terá que demonstrar que tem a capacidade de organizar e gerenciar um evento de tal grandeza, especialmente sob a luz das recentes críticas.
Próximos passos da seleção boliviana
No entanto, a seleção boliviana não deixará de lutar por essa oportunidade. O país se prepara para disputar a repescagem para a Copa do Mundo da América do Norte, que ocorrerá em 2026, no México. Este torneio representa a chance dos bolivianos de se destacarem internacionalmente e, quiçá, contribuírem para a candidatura da Bolívia a sediar um Mundial no futuro.
Com a celebração do centenário da FBF e os compromissos do presidente da Fifa, espera-se que a Bolívia entre em uma nova fase no futebol, onde possa não apenas participar mais ativamente das competições internacionais, mas também se tornar uma futura sede de um dos maiores eventos do esporte mundial.
Ainda há muito trabalho a ser feito, mas a esperança está ressurgindo. Resta agora acompanhar como os próximos capítulos dessa história se desenrolarão para a Bolívia e seu lugar no futebol global.