Em seu livro best-seller “A Geração Ansiosa”, o autor e professor da NYU Stern School of Business, Jonathan Haidt, explora as mudanças sociais que contribuíram para o aumento da ansiedade e depressão entre os jovens da Geração Z. Entre essas transformações, destaca-se a introdução dos smartphones e das redes sociais, que têm um impacto significativo na saúde mental das pessoas.
O livro gerou o Movimento da Geração Ansiosa, uma campanha de saúde pública que visa “mudar políticas, cultura e comportamentos”, segundo o seu site. A equipe, liderada por Haidt, monitora a legislação sobre o uso de celulares por crianças e elabora documentos que podem servir como sugestões para políticas públicas, entre outras iniciativas.
Mas a Geração Z não é a única afetada pela era digital. “Todos nós sentimos isso”, afirma Alexa Arnold, diretora executiva do movimento e chefe de gabinete de Haidt. Se você tem notado um impacto negativo em sua saúde mental nos últimos anos, confira as dicas de Arnold para reduzir a ansiedade.
Desconecte-se do celular
A primeira dica de Arnold é descentralizar o celular em sua vida. Comece desligando as notificações e desabilitando a sincronização de mensagens com seu computador. Ela sugere também “deixar o celular em outro cômodo por algumas horas”, o que ajuda a criar períodos de trabalho e foco mais profundos.
“Penso que quanto mais quebrarmos nossa dependência do celular e tivermos períodos mais longos sem ele, melhores serão nossos cérebros”, diz Arnold. Ela recomenda usar o celular em blocos de tempo específico; por exemplo, se você gosta de acompanhar as notícias, reserve apenas 20 minutos do seu dia para isso, ao invés de checar os aplicativos repetidamente.
Tente algo que te assuste
A segunda dica de Arnold para diminuir a ansiedade é fazer algo que te desafie ou assuste. Desafios no trabalho podem promover um crescimento significativo, especialmente quando criam tensões mentais ou físicas. Isso se aplica também a interações sociais, como iniciar uma conversa com estranhos. Os efeitos podem ser surpreendentes, segundo Arnold.
“Fazer coisas difíceis nos torna mais confiantes, capazes e criativos, não importa onde estivermos na vida”, afirma. Realizar desafios pode, de fato, ajudar a aliviar a ansiedade. Arnold explica que a pergunta “Quem é a geração ansiosa?” ressoa em muitos lugares onde ela está. “A verdade é que somos todos nós”, conclui.
As palavras de Arnold ressaltam a importância de buscar o equilíbrio no uso de tecnologias que, embora úteis, podem prejudicar nossa saúde mental se não forem controladas. Assim, ao aplicar essas dicas simples, você pode ganhar um novo olhar sobre seu dia a dia e a maneira como se relaciona com o mundo virtual.
No geral, a luta contra a ansiedade é um desafio que pode ser enfrentado com pequenas mudanças no comportamento e na forma como interagimos com a tecnologia. Portanto, que tal começar hoje mesmo? Que tal colocar o celular de lado e desafiar-se a realizar algo novo? Essas mudanças podem ter um grande impacto na sua vida.
À medida que continuamos a navegar por um mundo cada vez mais digital, permanece essencial priorizar nosso bem-estar mental e emocional.