Brasil, 21 de outubro de 2025
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A importância da liberdade religiosa no mundo contemporâneo

A liberdade religiosa é um direito essencial que precisa ser protegido e promovido globalmente, afirma o cardeal Parolin.

No último evento realizado no Pontifício Instituto Patrístico Augustinianum, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, fez uma potente defesa da liberdade religiosa ao apresentar o Relatório 2025 sobre a liberdade religiosa no mundo, elaborado pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre. Este relatório revela que cerca de 5,4 bilhões de pessoas — quase dois terços da população mundial — vivem em países onde a liberdade religiosa é gravemente limitada.

A relevância do relatório e suas revelações

Durante sua exposição, Parolin destacou que a edição deste ano é a mais robusta desde a criação do relatório, indicando um aumento contínuo em violações a direitos religiosos. “Estamos diante de um quadro preocupante”, enfatizou, ao lembrar que a proteção da liberdade religiosa é vital não apenas para os que professam uma fé, mas para toda a sociedade. Ele afirmou que a liberdade religiosa representa um “baluarte essencial” e um sinal de civilização.

O cardeal fez alusão ao papel da liberdade religiosa na construção de sociedades justas, dizendo que sem ela, o “tecido ético da sociedade inevitavelmente se desfaz”, resultando em ciclos de submissão e conflito. Para Parolin, a defesa da liberdade religiosa deve ser integrada na vida cotidiana das pessoas e instituições.

Fundamentos da liberdade religiosa

Em sua intervenção em inglês, intitulada “25 Years of ACN Religious Freedom Report: Why Religious Freedom Matters Globally”, Parolin utilizou dois pilares fundamentais para justificar a importância da liberdade religiosa: a declaração Dignitatis humanae e o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ele enfatizou que essas declarações reconhecem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião, e que tal liberdade deve ser garantida por cada nação.

O cardeal ressaltou a relevância da declaração Dignitatis humanae, comemorando seu 60º aniversário em dezembro, como um marco significativo na promoção da liberdade religiosa. Ele lembrou as palavras de Paulo VI, que afirmou que ninguém deve ser impedido ou forçado a cumprir a sua fé, ressaltando que o cristianismo deve ser vivido com amor e liberdade.

Responsabilidades e limites da liberdade religiosa

Parolin também abordou os limites que a liberdade religiosa pode ter, que devem ser identificados por meio da “prudência política”. Ele reiterou que é fundamental proteger os direitos dos cidadãos para garantir que o exercício da fé de um grupo não viole as liberdades alheias. Além disso, a convivência pacífica entre diferentes crenças é essencial para a verdadeira harmonia social.

A Dignitatis humanae, segundo Parolin, deveria ser vista como uma “tapeçaria de liberdade temperada pela responsabilidade”. O cardeal salientou a importância de não permitir que barreiras sociais e governamentais obstruam a liberdade concedida por Deus, e, portanto, as sociedades precisam construir pontes em vez de muros na busca pela verdade.

Violação dos direitos e o papel do artigo 18

O artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos foi descrito por Parolin como uma “contraparte laica da Dignitatis humanae”. Ele enfatizou que este artigo representa uma rejeição coletiva das ideologias totalitárias e ressalta a dignidade e autonomia do espírito humano, afirmando que a liberdade religiosa é um direito inalienável, essencial para o desenvolvimento do potencial humano.

Infelizmente, o cardeal concluiu que este direito fundamental é sistematicamente violado em muitas partes do mundo, o que levanta um apelo urgente para a proteção da liberdade religiosa globalmente. O alerta dado durante a apresentação do relatório é um convite à reflexão sobre a importância deste direito, que vai muito além das fronteiras da fé, sendo fundamental para a convivência pacífica e respeitosa na sociedade.

O evento e a apresentação do Relatório 2025 ressaltam a necessidade imperativa de se defender a liberdade religiosa em todo o mundo, um objetivo que deve ser compartilhado por todos os indivíduos e instituições que acreditam na dignidade humana e na coexistência pacífica entre diferentes crenças.

Para mais informações, acesse o relato completo diretamente no site da [Ajuda à Igreja que Sofre](https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2025-10/parolin-direito-a-liberdade-religiosa-baluarte-essencial.html).

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