Brasil, 21 de outubro de 2025
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29 mentiras e mitos falsos que aprendemos sobre os EUA

Descubra as principais mentiras e propaganda sobre a história dos Estados Unidos que moldaram nossa percepção da nação.

Nos Estados Unidos, uma nação que se apresenta como livre e democrática, há uma vasta quantidade de propaganda e histórias distorcidas que moldaram a compreensão atual sobre a história do país. Apesar do fácil acesso às informações, muitos americanos permanecem mal informados ou equivocados acerca do passado e dos verdadeiros fatos históricos que envolvem a nação. Recentemente, debates sobre a manipulação de narrativas históricas têm ganhado força, evidenciando a importância de desconstruir mitos enraizados na cultura americana.

Propaganda na Guerra do Golfo

Um exemplo marcante de manipulação na narrativa americana aconteceu durante a Guerra do Golfo, quando uma jovem kuwaitiana de 15 anos, Nayirah, testemunhou perante o Congresso alegando ter visto soldados iraquianos retirando bebês de incubadoras, levando-os à morte. Essa história sensibilizou o público e justificou a intervenção militar dos EUA, contudo, foi revelado que Nayirah era filha do embaixador do Kuwait nos EUA e tinha sido treinada por uma firma de relações públicas financiada pelo governo kuwaitiano. A Amnesty International posteriormente desmentiu a história, admitindo a falta de evidências.

Manipulação na invasão do Iraque

Outro exemplo emblemático ocorreu em 2003, quando Colin Powell apresentou, na ONU, provas fictícias de que o Iraque possuía armas de destruição em massa. Apesar de sua declaração ter sido apoiada por fontes distorcidas, posteriormente descobriu-se que não havia tais armas, e o próprio governo dos EUA sabia disso. A campanha de propaganda justificou a invasão, que causou milhares de mortes civis e uma instalação de ocupação até 2011, além de fraturar a credibilidade internacional do país.

A apropriação do Columbus e o mito do “descobrimento”

Colombo e seus crimes

O ensino tradicional retrata Cristóvão Colombo como um explorador heroico que “descobriu” a América, mas a verdade é bem diferente. Colombo nunca pisou no continente norte-americano, suas viagens foram destinadas à América Central e do Sul, onde ele cruelmente escravizou povos indígenas, forçando-os ao trabalho em condições desumanas e espalhando doenças que dizimaram populações nativas. Além disso, suas ações promoveram uma época de violência, tortura e genocídio contra os povos originários, que muitas vezes são omitidos na narrativa oficial.

Falsas histórias sobre a Terra e a exploração

Outro mito associado a Columbus é a ideia de que ele teria provado que a Terra era redonda, quando na verdade essa narrativa foi popularizada por Washington Irving no século XIX para valorizar a figura de Columbus. Na época, todos já sabiam que a Terra era esférica, e Columbus simplesmente tentou chegar à Ásia cruzando o Oceano Atlântico, sem o intuito de provar sua forma.

Propaganda na Guerra às Drogas

Iniciada oficialmente por Richard Nixon em 1971, a “Guerra às Drogas” foi usada como ferramenta de propaganda para criminalizar movimentos sociais, afro-americanos e opositores à guerra do Vietnã. Com a criação da DEA e leis de prisão mínima obrigatória, o movimento perpetuou o encarceramento em massa, sobretudo de pessoas negras, enquanto a eficácia dessas políticas foi altamente questionada. Entre as ações mais controversas está a implementação de penas severas para possuidores de pequenas quantidades de crack, drogas mais comuns em comunidades negras, enquanto os ricos usam drogas mais “respeitáveis”.

O programa antidrogas D.A.R.E.

Outra peça de propaganda foi o programa D.A.R.E. (Together We Resist Drug Abuse), que utilizava uma abordagem do tipo “Basta dizer não” e reforçava a ideia de que drogas como a maconha seriam portas de entrada para drogas mais pesadas. Estudos posteriores mostraram que a iniciativa não só foi ineficaz como pode ter incentivado o uso entre jovens, além de ser baseada em ideias pseudocientíficas e racistas.

Construção do mito do “Desbravador” e expansão territorial

O conceito de Manifest Destiny, ou Destino Manifesto, é amplamente ensinado como uma missão divina de expansão dos EUA pelo Oeste. No entanto, essa narrativa mascara a violência contra os povos indígenas, que foram dizimados por guerras, doenças e genocídios, além da destruição de culturas e a expropriação de suas terras. O movimento justificava a ocupação com uma falsa sensação de missão civilizatória, mascarando interesses econômicos e políticos.

Sobre a colonização e o papel do racismo

A história do “descobrimento” da América não revela que a chegada dos europeus resultou na morte de milhões de indígenas por guerras, doenças e expulsões forçadas. A narrativa do “colonizador benevolente” também é uma propaganda que tenta justificar a escravidão, que foi uma parte econômica central especialmente na produção de algodão no Sul. A Guerra de Secessão, por sua vez, foi motivada pela permanência da escravidão, mas muitas vezes é retratada de modo simplificado, como uma luta por liberdades estaduais.

O papel dos símbolos racistas e a história controversa da bandeira confederada

A bandeira confederada, símbolo de racismo e opressão, foi oficialmente adotada somente na década de 1950, como resposta aos movimentos pelos direitos civis. Ela representa a resistência à abolição e à igualdade racial, algo que muitas escolas evitam abordar. Além disso, a ideia de que os Estados do Sul lutavam por “direitos estaduais” disfarça sua defesa explícita da escravidão.

Expansão territorial e a verdadeira história do Texas

O ensino costuma glamorizar a Revolução do Texas como uma busca por liberdade, mas uma análise mais profunda revela que a independência teve forte ligação com a preservação da escravidão. Além disso, as ações de líderes como Davy Crockett e Sam Houston escondem parte das intenções econômicas e racistas por trás do movimento.

O lado oscuro da anexação do Havaí

Ao entender a história do Havaí, fica evidente que sua anexação pelos EUA foi movida por interesses econômicos ligados à produção de açúcar, além de uma tentativa de dominação política. A revolta liderada por sanford Dole e a derrubada da rainha Liliʻuokalani foram realizadas com o apoio do governo americano, sem consulta aos nativos, provocando uma ocupação que persiste até hoje com tensões sobre soberania.

O uso das bombas atômicas e o verdadeiro motivo

A narrativa de que os EUA precisaram usar bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki para acabar com a guerra é contestada por evidências que sugerem que o objetivo real era intimidar a União Soviética e demonstrar poder militar. Os bombardeios causaram genocídio com dezenas de milhares de civis mortos, muitas vezes sem justificativa militar plausível, e o impacto psicológico foi uma estratégia deliberada para formar uma narrativa de superioridade americana.

A não interferência nos judeus durante o Holocausto

Embora o episódio seja lembrado como uma luta contra o nazismo, os EUA permaneceram relutantes em aceitar refugiados judeus durante grande parte do Holocausto, recusando vistos a milhares deles e priorizando interesses políticos e econômicos. Países como China, Filipinas e outros aceitaram refugiados, enquanto os EUA limitaram sua ajuda e aceitação, contribuindo para a tragédia humanitária.

A participação na Segunda Guerra Mundial e o papel da União Soviética

Muito além do esforço do “Eixo contra os Aliados”, a derrotada mais decisiva da Alemanha nazista foi a União Soviética, que matou três quartos dos soldados alemães. A narrativa de que os EUA foram os principais vencedores esconde a contribuição crucial do Exército Vermelho, que muitos países europeus reconhecem até hoje.

Expansão para o Oeste e a suposta “missão divina”

O conceito de Manifest Destiny foi usado para justificar a conquista de terras indígenas, muitas vezes com violência, guerras e genocídio. Influenciado por interesses econômicos, essa ideia desconsidera o impacto devastador sobre as populações nativas, que tiveram suas terras destruídas, suas culturas apagadas e suas vidas ceifadas pelos colonizadores.

A violência contra povos indígenas e a desumanização

O genocídio indígena incluiu massacres como Wounded Knee, onde centenas de povos Sioux foram mortos por tropas dos EUA, além de remoções forçadas, expulsão de tribos, práticas racistas, e extermínio quase total do búfalo, base de subsistência dos povos nativos. Tudo isso foi omitido ou minimizado na história oficial ensinada nas escolas.

O verdadeiro significado do Dia de Ação de Graças

A narrativa comum retrata o Dia de Ação de Graças como um momento de paz entre colonizadores e indigenous, mas a história revela alianças estratégicas, traições, massacres e a retirada de terras indígenas. O episódio foi facilitado por alianças oportunistas e conflitos sangrentos, que resultaram na destruição de culturas nativas.

Religião, a origem do país e os seus mitos

Contrariando o mito de uma América fundada na religião cristã, os fundadores eram majoritariamente de orientações racionalistas ou deístas, que defendiam a separação entre Igreja e Estado. Ideias de uma nação cristã predominante surgiram posteriormente, muitas vezes como justificativa ideológica para exclusões e discriminação.

Conclusão: desconstruindo os mitos

A história oficial ensina uma versão idealizada dos Estados Unidos, muitas vezes afastada da realidade. É fundamental que questionemos o que aprendemos na escola, revisemos os fatos, e reconheçamos a verdade por trás de mitos produzidos por interesses políticos, econômicos e ideológicos. Afinal, entender a verdadeira história é o primeiro passo para uma sociedade mais consciente e justa.

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