No último dia 20 de outubro, o famoso influenciador e comediante Whindersson Nunes usou suas redes sociais para compartilhar com seus seguidores uma situação frustrante que enfrentou em um voo: seu violão foi quebrado durante o transporte. Em um relato emocionado, Nunes não apenas mostrou o estado danificado de seu instrumento, mas também refletiu sobre o descaso que, segundo ele, é comum nas companhias aéreas quando se trata de cuidados com a bagagem dos passageiros.
A desventura de um ícone da comédia
Com sua maneira única e bem-humorada de se comunicar, Whindersson apresentou seu violão quebrado, que teve o braço partido e a capa danificada. Este incidente não é um caso isolado para o artista, que revelou que é a segunda vez que enfrenta um problema desse tipo durante suas viagens. Ao se dirigir aos seus fãs, ele destacou a necessidade de reflexão sobre as palavras “cuidado”, “carinho” e “amor”, afirmando que essa é uma questão que deveria ser considerada por todos os funcionários que trabalham com transporte de bagagens.
“Vamos falar sobre a palavra cuidado, sobre a palavra carinho, sobre a palavra amor”, disse Nunes em uma de suas publicações. “Se a gente continua transportando bagagens com tanto desprezo, o que podemos esperar em relação a pessoas?”, questionou, expressando a frustração que muitos passageiros sentem a respeito do tratamento dado às suas coisas durante as viagens aéreas.
Orientações para passageiros lesados
Após a repercussão do relato de Whindersson, o g1 conversou com Filipi Alencar, advogado especializado em direitos do passageiro aéreo, que trouxe informações valiosas sobre o que fazer caso sua bagagem seja danificada ou extraviada em um voo. Alencar recomenda que os passageiros, ao perceberem algum dano, busquem imediatamente um funcionário da companhia aérea, que geralmente está próximo à esteira de restituição das bagagens, e solicitem o Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB).
Por que o RIB é importante?
O RIB é um documento fundamental que serve como prova de que o dano ocorreu no voo. “É importante obter esse documento físico, pois mesmo que a companhia alegue que ele só pode ser feito por telefone ou online, o passageiro tem o direito de exigi-lo no aeroporto”, afirmou Alencar. Esse relatório será crucial em eventuais pedidos de indenização, conforme destaca o advogado.
Além disso, existem algumas medidas que os passageiros podem tomar para se resguardarem. Isso inclui tirar fotos da bagagem antes e após o voo e registrar qualquer reclamação feita via telefone, e-mail ou por plataformas como o consumidor.gov.br.
Conhecendo seus direitos
O advogado ainda ressaltou que, se o problema for percebido após o passageiro sair do aeroporto, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) estabelece um prazo de até sete dias para registrar a reclamação junto à companhia aérea e solicitar o RIB. Para ações judiciais visando indenização, o prazo é de até cinco anos, o que permite ao passageiro buscar reparação em casos de danos, extravios ou violações de suas bagagens.
“Quando o passageiro despacha sua mala, ele paga pelo serviço de transporte e deve esperar que a bagagem chegue em perfeito estado ao seu destino. Se houver qualquer dano, a companhia aérea é responsável pelos prejuízos materiais e morais decorrentes dessa situação”, concluiu Filipi Alencar.
O relato de Whindersson Nunes reacende uma discussão importante sobre os cuidados que as companhias aéreas devem ter com os pertences dos passageiros e a necessidade de respeito e consideração com o que pertence aos viajantes. A preocupação com o tratamento da bagagem é um tema que afeta não apenas os famosos, mas todos os viajantes que dependem dessas transportadoras para suas viagens.
Com essa situação exposta, espera-se que a repercussão leve a um maior cuidado por parte das empresas aéreas e a conscientização dos trabalhadores sobre a importância de manusear os bens dos passageiros com atenção e respeito.
