Brasil, 20 de outubro de 2025
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Vale a pena investir em ouro em 2025, segundo especialistas

Com alta entre 56% e 60% até outubro, o ouro se consolida como refúgio em meio a incertezas globais e apostas de bancos centrais

Em 2025, o ouro tem se destacado no cenário financeiro mundial, apresentando valorização entre 56% e 60% até outubro. A alta do metal precioso é impulsionada por fatores como compras oficiais, incertezas globais, entrada de investimentos e limitação na oferta.

Fatores que sustentam a alta do ouro em 2025

O primeiro ponto é o aumento das aquisições por bancos centrais de países como China, Índia, Rússia e Polônia, que devem adquirir cerca de 1.000 toneladas neste ano — o quarto consecutivo de expansão de reservas.

O segundo refere-se às incertezas globais, como tarifas comerciais e inflação nos Estados Unidos, que intensificam a busca por proteção financeira. Davide Levy, analista do HSBC, destaca que as tensões políticas internacionais elevam ainda mais essa demanda.

Outro fator importante é a maior adesão de fundos de investimento e ETFs, com destaque para investidores jovens, incluindo 17% dos millennials, que veem no ouro uma opção viável de diversificação. O quarto elemento é a limitação na oferta, pois a produção de ouro pelos mineradores cresce abaixo da demanda, pressionando os preços para cima.

Previsões de especialistas e projeções de valor

Grandes instituições financeiras avaliam a continuidade da valorização do ouro. O J.P. Morgan projeta o metal a US$ 3.675 no quarto trimestre de 2025 e até US$ 4.000 em 2026, impulsionado pela demanda de bancos centrais e ETFs. O HSBC estima US$ 3.455 neste ano e US$ 3.950 no próximo, atribuindo o aumento às tensões geopolíticas e ao enfraquecimento do dólar.

Por sua vez, o Goldman Sachs prevê US$ 4.000 até o fim de 2025 e US$ 5.000 em 2026, citando cortes de juros pelo Federal Reserve como elemento de suporte. O Deutsche Bank espera US$ 3.700 neste ano e US$ 4.000 em 2026, enquanto a UBS aponta uma “nova base de preço” em US$ 4.200. Segundo o portal Long Forecast, o cenário mais otimista prevê US$ 4.935 em novembro e US$ 5.190 no próximo ano.

Vantagens, limitações e oportunidades de investimento

O ouro destaca-se por sua eficiência como proteção contra inflação e crises financeiras, além de oferecer alta liquidez e diversificação de carteira. Entre 2023 e março de 2025, acumulou valorização de 68%. No entanto, o metal não gera rendimentos passivos e pode sofrer correções de 10% a 20% em momentos de fortalecimento do dólar.

Investimento em ouro no Brasil

No Brasil, o mercado oferece diversas opções, incluindo o ETF GOLD11 negociado na B3, cotado a R$ 19,20 por cota e com alta de 13% no ano. É possível também investir em ouro físico, por meio de barras de 1 grama a partir de R$ 400, ou fundos multimercados como o Trend Ouro Dólar. Investidores mais experientes podem recorrer a contratos futuros na B3, com maior risco e exposição.

Leonardo Ramos, economista, avalia que o ouro é uma estratégia eficiente para proteção patrimonial, especialmente para perfis conservadores preocupados com inflação ou com intenção de hedge global. “Vale a pena investir em ouro em 2025, se você é conservador”, afirmou. No entanto, ele adverte que o momento não é indicado para quem busca ganhos rápidos, pois a volatilidade pode levar a correções de 10% a 15% em caso de resolução rápida de tensões.

Ramos reforça que o ouro deve ser encarado como “seguro patrimonial”. “Ele não garante riqueza, mas é um seguro. Em um mundo de estagnação e perda de valor das moedas, o ouro permanece essencial. Monitore o dólar e a situação geopolítica, e invista com calma”, concluiu.

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