O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta semana que o país pode adquirir carne bovina da Argentina para ajudar a diminuir os preços nos supermercados americanos. A declaração ocorreu durante um voo no domingo (19), a bordo do Air Force One, e faz parte de uma estratégia de apoio à Argentina, cujo governo busca fortalecer a sua moeda com um pacote de ajuda de US$ 20 bilhões.
Condicionamento da ajuda à vitória de Javier Milei
Segundo Trump, a ajuda financeira de Washington à Argentina está condicionada à vitória de Javier Milei nas eleições legislativas de domingo (26). “Se prosperarmos na compra de carne argentina, os preços da carne bovina nos EUA cairão”, afirmou o ex-presidente, que também prometeu ações para conter a inflação local, uma questão que tem afetado o consumidor americano devido aos altos preços da carne.
Razões para o aumento do preço da carne nos EUA
Os preços elevados da carne bovina nos Estados Unidos são explicados por fatores como a seca severa que atingiu o país nos últimos meses, além da redução nas importações do México, devido a uma praga que devastou rebanhos bovinos no México. Além disso, as tarifas aplicadas por Trump a importações brasileiras, iniciadas em agosto, também contribuíram para o aumento dos preços, mesmo com o recorde de exportações do Brasil nesse setor.
Ajuda financeira e apoio à Argentina
Além da promessa de compra de carne, o governo norte-americano trabalha para ajudar a Argentina a estabilizar sua moeda, oferecendo uma linha de crédito de US$ 20 bilhões. Trump também forneceu financiamento adicional de fundos soberanos e do setor privado, buscando apoiar a economia argentina antes do pleito eleitoral. O objetivo, segundo especialistas, é fortalecer aliados e influenciar o cenário político na região.
Implicações diplomáticas e políticas
A iniciativa de Trump ocorre em um momento de fortalecimento das relações diplomáticas entre os dois países, enquanto a Argentina enfrenta incertezas econômicas que podem ser influenciadas pelo resultado eleitoral. A ajuda financeira e a compra de carne representam estratégias de apoio não só econômico, mas também político, buscando consolidar a influência dos Estados Unidos na região.
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