Brasil, 20 de outubro de 2025
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Polícia investiga assassinato de mulher ligada a milícia em Cabo Frio

A morte de Marta Silva Oliveira, envolvida com milícias, levanta questões sobre a violência na região dos Lagos.

A Polícia Civil investiga o assassinato de Marta Oliveira Silva, de 36 anos, ocorrido na madrugada do último sábado (18) em Cabo Frio, na região dos Lagos. O crime, que chocou a comunidade, ocorreu no bairro Gravatá, em Unamar, onde a vítima foi atingida por pelo menos seis tiros na cabeça por um homem mascarado que invadiu sua residência.

Contexto do crime e envolvimento com milícias

De acordo com as investigações, Marta tinha conexões com a milícia que opera nas áreas de Campo Grande, Paciência, Santa Cruz, Guaratiba e outros bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ela era prima de Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, e de Wellington da Silva Braga, o Ecko, ambos importantes líderes da organização criminosa que influenciou a expansão desses grupos nas comunidades.

A morte de Ecko, que aconteceu durante uma operação policial em junho de 2021, e a prisão de Zinho, que se entregou à Polícia Federal no dia 24 de dezembro de 2023, mudaram drasticamente a dinâmica do grupo. Após a rendição de Zinho, Marta se destacou e passou a liderar parte da milícia, mas deixou o cargo recentemente em função de desavenças com outras figuras de destaque, como Paulo Roberto Carvalho Martins, conhecido como PL, e Paulo David Guimarães Ferraz Silva, o Naval.

Repercussão e investigação em andamento

A cena do crime foi isolada para perícia, e policiais civis apreenderam dois celulares de Marta, que serão analisados para ajudar nas investigações. O que mais intriga a polícia é o fato de a execução de Marta ocorrer em um contexto de intensa rivalidade entre as facções criminosas na região, o que pode ter motivado seu assassinato.

O enterro de Marta aconteceu no cemitério Jardim da Saudade, localizado em Paciência, na Zona Oeste do Rio. A dor da perda é sentida não apenas pela família, mas por toda uma comunidade que conhece os riscos e consequências da presença de milícias em suas vidas.

Aumento da violência nas regiões dominadas por milícias

Com a morte de Marta, surgem questões sobre o aumento da violência nas áreas dominadas pelas milícias. Investigadores alertam que a dinâmica interna dessas organizações muitas vezes leva a conflitos mortais quando há disputas pelo poder ou por desavenças pessoais. Especialistas afirmam que a falta de fiscalização e ação governamental em áreas periféricas contribui para a perpetuação desse ciclo de violência.

O papel da polícia e a resposta à violência

A atuação da polícia nos bairros de Cabo Frio e outros locais dominados por milícias é frequentemente criticada, especialmente em relação à efetividade das ações de combate e às condições em que os agentes operam. Casos como o de Marta Silva Oliveira ressaltam a necessidade urgente de um trabalho mais conjunto entre a polícia e as comunidades para enfrentar a questão das milícias com eficiência e segurança.

Os desdobramentos deste caso ainda estão sendo acompanhados pelas equipes de investigação, que buscam entender as motivações por trás do assassinato e identificar os responsáveis. A expectativa é que, com as informações obtidas a partir dos dispositivos eletrônicos apreendidos e o testemunho de pessoas próximas à vítima, se consiga esclarecer os fatos e trazer à justiça aqueles que agiram violentamente.

Enquanto isso, a história de Marta e os eventos que a cercaram continuam a destacar a complexa realidade da violência e do crime organizado no Brasil, evidenciando a urgentíssima necessidade de um olhar mais atento para as políticas de segurança pública e a promoção do bem-estar nas comunidades envolvidas.

Para mais informações sobre o caso e atualizações da investigação, acesse a cobertura completa pelo site do g1.

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