No último domingo (19), o campeonato brasileiro ganhou um capítulo polêmico com a partida entre Flamengo e Palmeiras, que terminou em 3 a 2 para o time carioca. A vitória movimentou não apenas os ânimos dos torcedores, mas também levantou questões sérias sobre a atuação da arbitragem, especialmente no que diz respeito à não marcação de um pênalti em favor do Palmeiras.
Controvérsias em campo
Durante a partida, o Palmeiras se mostrou bastante insatisfeito com a decisão do árbitro Wilton Pereira Sampaio, que não assinalou um pênalti logo nos primeiros minutos do jogo, envolvendo os jogadores Jorginho e Gustavo Gómez. A confusão começou quando Jorginho fez um contato nas costas de Gómez — situação que, segundo a análise do árbitro e do VAR (Árbitro de Vídeo), foi considerada um lance normal.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou os áudios que mostravam a conversa do VAR, permitindo aos torcedores um vislumbre das decisões tomando a partir da cabine. O árbitro de vídeo, Caio Max, argumentou que Jorginho não tinha realizado um empurrão com impacto suficiente para justificar a marcação da falta. “Wilton, pode seguir. Os dois braços estão estendidos e não faz a flexão com impacto para empurrão”, afirmou o VAR.
Debate sobre a justiça da decisão
A decisão de não marcar o pênalti gerou um burburinho nas redes sociais, com torcedores e especialistas em arbitragem discutindo o que realmente constitui uma falta em situações similares. O Palmeiras, além de reclamar dessa ação, também contesta a penalidade que foi marcada a favor do Flamengo em um lance posterior.
De acordo com a análise do VAR sobre o pênalti para o Flamengo, Sampaio considerou que houve uma falta no ataque do Palmeiras antes da infração cometida por Bruno Fuchs. O árbitro de vídeo declarou que as faltas não interferiam na jogada de ataque e que o pênalti deveria ser confirmado. Caio Max argumentou: “O jogador defensor (Fuchs) se coloca na frente do jogador atacante (Pedro), que vai só se desvencilhar dele. […] Pênalti confirmado.”
A repercussão nas redes sociais
Após a divulgação dos áudios e as polêmicas que cercaram a partida, as redes sociais foram inundadas por reações. Torcedores de ambos os lados se engajaram em debates acalorados sobre a justiça das decisões da arbitragem. Um dos pontos mais criticados foi a suposta discrepância entre o que foi analisado pelo VAR em diferentes momentos da partida.
Gustavo Gómez é empurrado e o árbitro não marcou pênalti.
📢 CBF divulgou o áudio da conversa do VAR, comandado por Caio Max.pic.twitter.com/WJEe5yo3yY— Twit Palmeiras (@twitpalmeiras) 20 de outubro de 2025
Reflexão sobre a atuação do VAR
Este jogo entre Flamengo e Palmeiras não apenas trouxe à tona a rivalidade entre as equipes, mas também trouxe à discussão a eficácia e a transparência do sistema de VAR no futebol brasileiro. A tecnologia, que deveria auxiliar na tomada de decisões mais justas, ainda enfrenta críticas e desconfianças por parte dos torcedores. O caso levanta um questionamento importante: até que ponto o VAR tem conseguido cumprir sua função de forma eficaz?
Com o aumento da tecnologia no esporte, e o acesso a informações em tempo real, fica a expectativa de que o futebol brasileiro possa evoluir para um sistema mais justo e transparente. Enquanto isso, a torcida segue acompanhando de perto os desdobramentos de cada partida, buscando respostas e, acima de tudo, justiça nas decisões dentro de campo.
Ao final da partida, o que se viu foram não apenas os resultados no placar, mas também um grande questionamento sobre a integridade das decisões que envolvem este apaixonante esporte. Resta saber como as equipes e a CBF irão lidar com essas situações no futuro, para que episódios semelhantes não se repitam.