A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20) uma redução de 4,9% no preço da gasolina vendida às distribuidoras, o que equivale a uma queda média de R$ 0,14 por litro. Com o ajuste, o valor médio de venda nas refinarias passa a ser de R$ 2,71 por litro. Essa é a segunda redução no preço da gasolina em 2025, após uma queda de R$ 0,17 em junho.
Impacto da nova redução e cenário internacional
De acordo com a estatal, a queda acumulada no preço da gasolina neste ano soma R$ 0,31 por litro, ou 10,3%. Desde dezembro de 2022, o desconto chega a R$ 0,36 por litro, o que representa uma retração de aproximadamente 22,4%, considerando a inflação do período. Segundo a Petrobras, os preços praticados atualmente se aproximam da paridade com o mercado internacional, que vinha praticando valores até 10% superiores ao preço de venda da estatal.
“A partir de amanhã, 21/10, a Petrobras reduzirá seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 4,9%, resultando em uma média de R$ 2,71 por litro”, informou a empresa em nota oficial. A medida reforça a política de alinhamento gradual aos preços internacionais, considerando fatores internos como câmbio, custos logísticos e estratégia comercial.
Permanência do preço do diesel
Para o diesel, a Petrobras afirmou que manterá os preços atuais “neste momento”. Desde março de 2025, o combustível já passou por três reduções. Desde dezembro de 2022, a queda total nos preços de diesel, ajustada pela inflação, é de 35,9%.
Contexto internacional e previsão de mercado
Analistas destacam que a queda no preço do petróleo no mercado internacional influencia diretamente as decisões da Petrobras. O barril de petróleo chegou a cotar a US$ 61,05, refletindo tensões comerciais entre Estados Unidos, China e Índia, além das restrições às importações de petróleo russo. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), o mercado global de petróleo deve apresentar superávit em 2026, com oferta crescente de 3 milhões de barris por dia em 2025, enquanto a demanda aumentará apenas 0,7 milhão de barris diários.
O analista Pedro Rodrigues, sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), avalia que a política de ajuste gradual se mantém, mesmo com a tendência de queda dos preços internacionais, reforçada por oportunidades de mercado no cenário global.
Perspectivas futuras
A Petrobras confirmou que continuará acompanhando as variáveis externas e internas para ajustes futuros. Segundo a nota oficial, a empresa esclarece que as decisões de reajuste levam em conta também fatores econômicos internos, como câmbio e custos logísticos, buscando equilibrar estratégia comercial com o cenário de mercado.
Saiba mais em: Fonte