No último sábado, 18 de outubro, a tragédia marcou a manhã dos moradores de São Pedro da Aldeia, no litoral fluminense, quando a vida do ciclista Marcelo Neves foi interrompida em um atropelamento na RJ-140. A motorista, suspeita de ter causado o acidente, foi presa pela polícia e a vítima foi sepultada um dia depois, em meio a manifestações por justiça por parte da comunidade ciclista local.
Os detalhes do acidente
De acordo com informações da Polícia Civil, Marcelo Neves, que ocupava a presidência da associação de ciclistas do município, foi atingido enquanto pedalava na RJ-140. Testemunhas relataram que a motorista tentou fugir do local logo após o acidente, mas a polícia foi rápida em sua ação, resultando na prisão da suspeita na 126ª Delegacia de Polícia.
A motorista deverá passar por uma audiência de custódia no Rio de Janeiro na segunda-feira, 20 de outubro. A agressão à vida de Marcelo não apenas chocou a família e amigos, mas também despertou um clamor por justiça entre os ciclistas da região, que se mobilizaram em protesto em frente à delegacia. Eles exigiram que os responsáveis pelos acidentes envolvendo ciclistas sejam punidos com rigor.
Outro ciclista perde a vida em acidente semelhante
Infelizmente, a tragédia não se restringiu a Marcelo. No mesmo dia do atropelamento dele, outro ciclista, identificado como Manoel Reis, de 60 anos, também foi vítima de um acidente em Cabo Frio. Segundo relatos, Manoel foi atingido por um carro enquanto retornava do trabalho, e suas feridas foram tão graves que ele não sobreviveu ao impacto.
Até o momento, as autoridades não divulgaram informações sobre o motorista envolvido no acidente que vitimou Manoel Reis. As investigações estão em andamento, e a Polícia Civil busca estabelecer as circunstâncias que levaram a esses dois acidentes fatais.
Mobilização da comunidade ciclista
A morte de Marcelo Neves acendeu uma luz de alerta sobre a segurança dos ciclistas nas estradas da região. Nos últimos anos, o aumento do número de acidentes envolvendo bicicletas e veículos tem sido motivo de preocupação para os adeptos do ciclismo. A ausência de infraestrutura adequada, como ciclovias e sinalizações, além de alguns motoristas desrespeitando as leis de trânsito, são fatores que frequentemente colocam em risco a vida dos ciclistas.
Na visão de muitos que participaram do protesto, é hora de as autoridades locais implementarem medidas mais rigorosas para garantir a segurança dos ciclistas. “Não podemos permitir que isso aconteça novamente. Precisamos de mais respeito nas estradas e de infraestrutura que garanta nossa segurança”, declarou um ciclista ao ser entrevistado após o ato.
O impacto social das tragédias
As perdas de Marcelo e Manoel refletem uma realidade dura para muitos núcleos familiares e amigos. No sepultamento de Marcelo, que aconteceu no domingo, diversas pessoas compareceram para prestar suas últimas homenagens. A dor de perder um ente querido de forma tão inesperada e violenta trouxe à tona discussões sobre a necessidade de uma maior conscientização em relação ao trânsito e à convivência pacífica entre ciclistas e motoristas.
Com a mobilização da comunidade, espera-se que um chamado por mudanças reais e por um trânsito mais seguro ganhe voz. “Precisamos lutar por justiça, mas também por melhorias que possam salvar vidas no futuro”, concluiu um dos colegas de Marcelo, evidenciando a esperança de que campanhas de conscientização e mudanças nas leis de trânsito possam evitar novas tragédias.
As investigações sobre os acidentes continuam, com a expectativa de que a justiça seja feita não apenas para Marcelo e Manoel, mas para todos que utilizam as estradas de forma vulnerável.