O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, anunciou sua saída do cargo para concorrer a deputado federal nas eleições de 2026 por Sergipe. A decisão ocorreu em uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já convidou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para assumir a posição deixada por Macêdo.
Transição de cargos e estratégias eleitorais
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Macêdo compartilhou a notícia de sua decisão e expressou gratidão pelo tempo em que atuou no governo: “Em conversa com o presidente Lula, ficou definido que deixarei o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República para disputar as eleições de 2026”. Ele destacou que sai com o “sentimento de dever cumprido”, enfatizando que cumpriu as promessas feitas durante a campanha.
A Secretaria-Geral da Presidência tem a importante função de ser o elo entre o governo e a sociedade civil, além de coordenar as relações com movimentos sociais. Lula busca um novo ministro que tenha capacidade de mobilização e diálogo direto com essas entidades, especialmente à medida que se aproxima a disputa eleitoral de 2026. O ex-ministro Márcio Macêdo é conhecido por sua trajetória no movimento estudantil e pela sua forte conexão com o PT, onde ganhou a confiança de Lula ao coordenar iniciativas importantes, como as caravanas que percorreram o Brasil.
O papel de Guilherme Boulos e as expectativas para o futuro
Com a transição, vê-se uma expectativa quanto ao desempenho de Guilherme Boulos na nova função. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) tem um histórico de luta pelos direitos sociais, e sua entrada na Secretaria-Geral pode ser uma estratégia para reforçar a relação do governo com os movimentos sociais em um ano eleitoral. Com essa movimentação, espera-se que o novo ministro permaneça no cargo até o final do atual mandato de Lula, previsto para dezembro do ano que vem, evitando, assim, sua própria candidatura nas eleições de 2026. Isso significa que o PSOL terá que buscar um novo candidato que possa atrair votos em São Paulo para manter presença no Congresso.
Reconhecimento e legado de Márcio Macêdo
Márcio Macêdo, que é visto como uma figura central na burocracia do PT, possui um histórico importante dentro do partido. Ele atuou como tesoureiro do PT e cuidou das finanças da campanha de 2022, aprovadas sem ressalvas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após a sua demissão, Macêdo expressou sua gratidão a Lula: “Sou profundamente grato ao presidente Lula, com quem tenho caminhado lado a lado desde 2015, na tesouraria do PT, nas caravanas ‘Lula pelo Brasil’, na luta pela liberdade do presidente, na coordenação da campanha vitoriosa de 2022 e na transição de governo. Seguiremos juntos, com o mesmo compromisso e vontade de trabalhar pelo povo brasileiro!”
Essa mudança reflete não apenas a movimentação interna do governo, mas também as estratégias políticas adotadas de olho nas futuras eleições. Os próximos meses devem ser decisivos para a construção das candidaturas e para os novos arranjos que o cenário político brasileiro irá nos apresentar.
A expectativa é que, tanto Macêdo quanto Boulos, contribuam significativamente para o fortalecimento de suas respectivas bases políticas nos próximos anos, visando as eleições de 2026 e comprometendo-se com as necessidades da população brasileira.