Brasil, 20 de outubro de 2025
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Lula critica intervenções estrangeiras e defende paz na América Latina

Durante cerimônia de entrega de cartas credenciais, presidente Lula destacou a importância de um continente sem conflitos.

Em meio a crescentes tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizou a tribuna do Palácio Itamaraty, na manhã desta segunda-feira (20/10), para criticar as chamadas “intervenções estrangeiras” na América Latina e Caribe. A cerimônia tinha como objetivo a entrega das cartas credenciais de novos embaixadores, mas a declaração de Lula se destacou em um momento de acirramento das relações entre as nações.

Prioridade pela paz na América Latina

O chefe do executivo brasileiro enfatizou que a manutenção da paz na região é um compromisso eterno de seu governo. “Na América Latina e Caribe, também vivemos um momento de crescente polarização e instabilidade. Manter a região como zona de paz é a nossa prioridade. Somos um continente livre de armas de destruição em massa, sem conflitos étnicos ou religiosos. Intervenções estrangeiras podem causar danos maiores do que o que se pretende evitar”, destacou Lula, refletindo uma postura firme em defesa da soberania dos países latino-americanos.

As declarações do presidente ocorrem em um contexto específico, onde os Estados Unidos têm tomado decisões de maior interferência nas questões internas da Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro. Sob a administração de Donald Trump, as operações militares norte-americanas nas águas do Caribe foram ampliadas, e recentemente, um documento que autorizava a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar “operações secretas e letais” foi emitido, com o foco declarado em combater o narcotráfico na Venezuela.

Defesa da soberania venezuelana

Na última quinta-feira (16/10), Lula também manifestou sua defesa em favor da soberania venezuelana, afirmando que o Brasil nunca se tornará um país em situações similares à Venezuela. “Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela, e o Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele [próprio]. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem de dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, declarou o líder brasileiro, sem uma menção direta ao presidente Trump.

O discurso de Lula não se limitou a criticar intervenções externas, mas também abordou a importância do fortalecimento do multilateralismo e dos valores democráticos e dos direitos humanos, ressaltando que a cooperação internacional deve ser baseada no respeito e na autonomia dos países.

Novos embaixadores no Brasil

Além de suas declarações sobre política externa, a cerimônia contou com a entrega das credenciais de 28 novos embaixadores, o que representa um fortalecimento das relações diplomáticas do Brasil no cenário internacional. Os novos diplomatas, que atuarão no país, são provenientes de diversas nações, incluindo:

  • El Salvador
  • Albânia
  • Camboja
  • Tailândia
  • Tanzânia
  • Belarus
  • Quênia
  • Omã
  • República Dominicana
  • Burkina Faso
  • Bangladesh
  • Mauritânia
  • Sudão
  • Senegal
  • Uruguai
  • República Democrática do Congo
  • Suíça
  • Países Baixos
  • Bélgica
  • Emirados Árabes
  • Irlanda
  • Zâmbia
  • Áustria
  • Finlândia
  • Malásia
  • Gana
  • Líbano
  • Sri Lanka

Com as credenciais entregues, esses embaixadores terão a importante missão de representar seus países e fortalecer as relações bilaterais com o Brasil, promovendo o diálogo e a cooperação mútua.

Assim, o governo de Lula busca não apenas manter a paz na América Latina, mas também consolidar o Brasil como um ator respeitado e de influência no cenário internacional.

Essa postura reflete a visão de um Brasil que acredita na diplomacia e no diálogo como as ferramentas mais eficazes para a resolução de conflitos e a promoção da estabilidade regional.

Na busca por um futuro melhor para a América Latina, as palavras do presidente Lula ressoam como um apelo à reflexão e à união de todos os países da região.

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