Brasil, 20 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Leite pressiona Tarcísio a se distanciar do bolsonarismo para apoio

Governador gaúcho destaca necessidade de discurso mais ao centro para apoio de Kassab e possíveis alianças em 2026.

O cenário político brasileiro se agita à medida que as eleições de 2026 se aproximam. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, manifestou apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma eventual candidatura presidencial. No entanto, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, novo aliado de Kassab, exige que o discurso de Tarcísio se afaste das bandeiras bolsonaristas e busque uma abordagem mais centrada.

Discurso centrado é essencial para apoios políticos

Durante um almoço com empresários em São Paulo, Leite deixou claro que a responsabilidade de mudar o tom de sua comunicação recai sobre Tarcísio. “Se o governador Tarcísio deseja ser candidato e ter o nosso apoio, não somos nós que vamos fazer o movimento para um discurso bolsonarista”, afirmou Leite. Ele enfatizou que os partidos do centro devem evitar a polarização e o radicalismo, buscando um posicionamento mais neutro.

Tarcísio de Freitas, que recentemente se envolveu em discussões no Congresso sobre uma proposta de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, também foi criticado por seu posicionamento em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Leite vê a necessidade de uma mudança de rumo no discurso para evitar a radicalização, uma crítica direta ao ex-presidente e suas posições.

Eduardo Leite se apresenta como uma alternativa independente

O governador gaúcho sugere que Tarcísio poderia estar agindo em lealdade a Bolsonaro, seu ex-chefe, mas acredita que esse comportamento pode prejudicar seus objetivos eleitorais. “Eu não sabia dizer o quanto daquela manifestação dele, dentro de uma plateia de quase 40 mil pessoas, corresponde ao seu sentimento mais profundo”, ponderou Leite. Ele destacou que sua própria trajetória e foco na gestão pública o tornam um candidato viável e independente no cenário político.

Leite também minimizou jantares promovidos por Kassab em apoio à candidatura do governador Ratinho Júnior, do Paraná. Ele propôs que seu discurso poderia ser uma opção diferente dos demais candidatos, destacando sua independência em relação tanto a Lula quanto a Bolsonaro. “Porque, justamente, nessas últimas eleições, eu não abracei nem o Lula nem o Bolsonaro, e quase paguei o preço disso por estar num ambiente muito polarizado”, declarou.

A recuperação de Lula nas pesquisas e suas implicações

No análisis de Leite, ele comentou a recuperação de popularidade do presidente Lula nas pesquisas, sustentando que isso é resultado de ações políticas externas, como a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e as sanções aplicadas pelo ex-presidente Donald Trump às exportações brasileiras. “Essa recuperação de popularidade do presidente Lula ainda é muito tênue […] porque é relativo. Em relação ao bolsonarismo, ele se tornou melhor avaliado por causa do que o Eduardo Bolsonaro fez”, argumentou Leite.

Leite acredita que a esquerda deve buscar novos candidatos, argumentando que após tantas eleições, seria mais saudável para o eleitorado ter mais opções no campo político. “Quando escolheu a Dilma, não escolheu alguém com uma trajetória política […] acho que há um espaço e um desejo das pessoas de poder ir para a urna para votar a favor de alguma coisa, não simplesmente contra”, concluiu.

À medida que o debate político continua, os posicionamentos de Tarcísio e a resposta de Leite podem ser cruciais para a construção de alianças eleitorais em um ambiente tão polarizado como o brasileiro.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes