Brasil, 21 de outubro de 2025
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Governador celebra licença da Petrobras para pesquisa na Margem Equatorial

O governador do Amapá, Clécio Luís, anunciou nesta segunda-feira (20) a concessão da licença do Ibama que autoriza a Petrobras a perfurar poços para pesquisa exploratória na Margem Equatorial, na bacia da Foz do Amazonas. A iniciativa marca um passo importante para o desenvolvimento energético e econômico da região.

Exploração na Margem Equatorial e seu potencial energético

Com reservas estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e possibilidade de produção de 1,1 milhão de barris por dia, a área da Margem Equatorial, que se estende do norte do Amapá até o litoral do Rio Grande do Norte, é vista como o “novo Pré-Sal da Amazônia”.

De acordo com o governo federal, essa área fica a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa do Amapá, representando uma das regiões mais promissoras para a exploração de petróleo no Brasil.

Perspectivas econômicas e impacto na região

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a exploração da Margem Equatorial pode aumentar o PIB do Amapá em até 61,2%, além de criar cerca de 54 mil empregos diretos e indiretos. Segundo o Observatório Nacional da Indústria da CNI, a exploração pode gerar R$ 175 bilhões ao PIB nacional e arrecadar R$ 11,23 bilhões em receitas indiretas.

Municípios como Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana devem se beneficiar com crescimento nos setores de serviços, infraestrutura, habitação e formação técnica, impulsionando o desenvolvimento regional.

Soberania energética e posicionamento do governo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a pesquisa na Margem Equatorial “representa o futuro da nossa soberania energética”. Ele destacou que a exploração será conduzida de forma responsável e ambientalmente sustentável, com altos padrões internacionais.

“Fizemos uma defesa firme e técnica para que a exploração seja feita de forma responsável ambientalmente, com benefícios concretos para os brasileiros. Nosso petróleo é um dos mais sustentáveis do mundo, com uma das menores pegadas de carbono”, comentou o ministro em vídeo divulgado nas redes sociais. Ele também agradeceu a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, pelo apoio ao processo.

Controvérsia e debates sobre impacto ambiental

Apesar dos avanços, o licenciamento da exploração na região divide opiniões. Ambientalistas e cientistas criticaram a decisão do Ibama, alegando que a atividade pode prejudicar a biodiversidade e o clima na Amazônia. Organizações da sociedade civil prometem recorrer à Justiça por alegadas ilegalidades e falhas técnicas no processo de licenciamento.

Especialistas alertam que a exploração na região pode influenciar negativamente a realização da COP30, que aconteceria em Belém no próximo mês. A Amazônia é considerada uma área prioritária para a preservação, dada sua importância para o clima global e a biodiversidade.

Reações do setor de petróleo e concessões econômicas

Por outro lado, entidades do setor de petróleo e gás celebraram a licença concedida à Petrobras. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a produção na região contribuirá para o desenvolvimento econômico do Brasil.

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) também destacou os ganhos econômicos esperados com a exploração na Margem Equatorial, reforçando o potencial de geração de empregos e receitas ao país.

Próximos passos para a pesquisa exploratória

O governo federal informou que publicará nos próximos dias uma medida provisória com detalhes do processo. A expectativa é que as atividades de perfuração comecem ainda no início do próximo ano, marcando uma nova fase na busca pelo petróleo na Amazônia brasileira.

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