Brasil, 21 de outubro de 2025
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Família denuncia negligência médica após morte de mãe e bebê no PI

Após neonatologista e equipe médica serem acusados de negligência, investigação é aberta sobre o caso de morte durante parto em Corrente.

Um caso trágico ocorrido no Piauí tem chamado a atenção da sociedade e levantado questões sobre a qualidade do atendimento médico. A família de Daiane Barbosa, que faleceu em julho após dar à luz, e seu filho Vicente Barbosa, que morreu três meses depois em estado grave, denunciou negligência médica às autoridades. A morte da mãe e do recém-nascido gerou uma investigação por parte da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) e da Polícia Civil, que está em fase final, buscando esclarecer as circunstâncias que levaram a esses óbitos.

O caso que chocou uma família

Daiane Barbosa, mãe de Vicente, foi levada ao Hospital Estadual Dr. João Pacheco Cavalcante, localizado em Corrente, no Sul do Piauí, após começar a perder líquido amniótico. No entanto, por não sentir dores, foi orientada a retornar para casa. Somente às 15h, já com contrações, Daiane retornou ao hospital, onde o trabalho de parto foi iniciado.

Em um relato comovente, Zenaide Oliveira, avó do menino e sogra de Daiane, falou sobre a dificuldade do parto, que se tornou prolongado. Segundo Zenaide, a equipe médica tentou um parto normal por um período prolongado antes de optar pela cesárea, que foi realizada tardiamente. “Ela teve hemorragia muito severa”, afirmou Zenaide, reforçando a sensação de descaso da equipe médica.

Consequências trágicas e investigações

Após a morte de Daiane, Vicente enfrentou complicações severas e precisou ser internado em estado grave, apresentando ferimentos na cabeça e sangue no pulmão. A avó relata que o bebê sofreu convulsões e paradas cardíacas durante esse período crítico. Infelizmente, Vicente veio a falecer na manhã do dia 20 de outubro, no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano.

O laudo que apontou as causas da morte de Daiane incluiu “parto prolongado, choque hipotérmico e hemorragia pós-parto”. Sua morte e a do bebê levantaram questões sobre a assistência prestada durante o parto e os protocolos seguidos pela equipe médica. A Sesapi, em posicionamento anterior, afirmou que toda a assistência necessária foi prestada, mas a família mantém sua versão sobre a negligência.

A importância da denúncia e luta por direitos

Esse caso expõe não apenas a tragédia pessoal da família de Daiane, mas também um problema sistêmico que afeta muitas mães durante o parto. A violência obstétrica, um tema amplamente discutido nas últimas décadas, revela como algumas mulheres podem ser desconsideradas em momentos críticos da gestação e do parto. Organizações e movimentos sociais estão cada vez mais atentos a esses casos, clamando por melhorias nas práticas médicas e respeitos pelos direitos das gestantes.

As investigações da Polícia Civil estão se concentrando nas condições em que o parto foi realizado e na conduta dos profissionais envolvidos. Testemunhos da família, como o de Zenaide, têm sido fundamentais para a elucidação do caso. Esta situação pode levar a um maior alerta para a população sobre a importância de buscar segundas opiniões e exigir o melhor cuidado possível durante a maternidade.

A luta da família de Daiane e Vicente se torna, assim, um símbolo da necessidade de um sistema de saúde mais responsável. Já existem campanhas em andamento que tratam da violência obstétrica e da importância do respeito e cuidado durante todo o processo gestacional.

Com a investigação ainda em andamento e o clamor por justiça, a comunidade se une em apoio à família, exigindo melhores condições de atendimento e justiça para casos semelhantes, que infelizmente ainda acontecem em diversos locais pelo Brasil.

O caso de Daiane Barbosa e seu filho Vicente, sem dúvida, ficará marcado na memória da comunidade local, instigando um questionamento maior sobre a segurança dos partos e a qualidade do atendimento feminino nos hospitais.

Diante de todo este contexto, espera-se que a justiça seja feita e que tragédias como esta possam ser evitadas no futuro, através de um sistema de saúde mais atento e humanizado.

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