Brasil, 20 de outubro de 2025
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Enfermeiros do Piauí iniciam paralisação por reajuste salarial

Profissionais da enfermagem no Piauí realizam paralisação de até 72 horas, exigindo reajuste salarial após 20 anos sem aumento.

No Piauí, enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem estão em estado de mobilização. Segundo o Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), a categoria decidiu iniciar uma paralisação de até 72 horas por estar há mais de 20 anos sem qualquer reajuste salarial. Apesar da aprovação do piso nacional, muitos profissionais continuam a receber apenas um salário mínimo, o que tem gerado insatisfação e protestos.

Contexto da paralisação da enfermagem no Piauí

A falta de reconhecimento e valorização dos profissionais de saúde, especialmente os que atuam na enfermagem, é uma questão que vem sendo debatida em diversos estados brasileiros. A situação no Piauí é um reflexo de um problema maior que atinge a classe em todo o país. Desde a implementação do piso salarial nacional, muitos enfermeiros se sentiram frustrados, pois o valor ainda é considerado insuficiente e desproporcional em relação às demandas e responsabilidades da profissão.

A decisão de paralisar as atividades foi tomada após diversas tentativas de diálogo com o governo estadual, que não resultaram em propostas concretas de aumento salarial. “Estamos lutando pela dignidade da profissão. Não é justo que após 20 anos de trabalho acumulemos apenas um salario mínimo, enquanto desenvolvemos funções essenciais para a saúde da população”, afirma um dos representantes do Senatepi.

Impactos da paralisação

A paralisação dos profissionais pode ter um impacto significativo nos serviços de saúde do Piauí, especialmente na atenção básica e em hospitais que dependem da atuação direta da enfermagem. Com a crise já enfrentada pela saúde, essa interrupção poderá agravar ainda mais a situação dos atendimentos. Em muitos casos, serviços essenciais como consultas, atendimentos de urgência e procedimentos eletivos podem sofrer atrasos ou até mesmo suspensão temporária.

O Sindicato já informou que a mobilização inclui não apenas atos de protesto, mas também um chamado à sociedade para apoiar a causa dos profissionais da enfermagem. “É hora de a população se unir a nós nessa luta. A saúde é um direito de todos, e os enfermeiros são parte vital desse sistema”, destaca outro membro da categoria.

Próximos passos da categoria

Durante a paralisação, os enfermeiros pretendem realizar uma série de atividades de conscientização. Serão promovidas assembleias, panfletagens e ações diretas em frente a instituições de saúde, buscando aumentar a visibilidade do problema e pressionar o governo a ouvir suas reivindicações. Além disso, uma nova assembleia será marcada para avaliar o desfecho da greve e se novas mobilizações se farão necessárias.

Os profissionais ainda deixam claro que a continuidade da paralisação dependerá da resposta do governo e das propostas apresentadas para solucionar a questão do salário. “Se houver um compromisso real e um plano de ação para a valorização da categoria, estaremos dispostos a dialogar. Mas a luta continua até que sejamos ouvidos”, conclui o representante do Senatepi.

A situação na enfermagem do Piauí é um retrato de um desafio vivido em várias regiões do Brasil, onde a necessidade de valorização dos profissionais é urgente e precisa ser endereçada pelas autoridades competentes. Com essa mobilização, espera-se que a categoria consiga conquistar os direitos que há muito tempo lhe são negados.

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