Brasil, 20 de outubro de 2025
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Conselho de Ética da Câmara registra aumento explosivo de processos disciplinares em 2025

Levantamento revelando que processos disciplinares na Câmara dos Deputados aumentaram 400% em 2025 destaca os principais envolvidos.

Em um levantamento revelador realizado pelo Metrópoles, com base em dados da Câmara dos Deputados, foi constatado um aumento significativo nos processos disciplinares abertos no Conselho de Ética. Em 2025, o número de casos chegou a 25 até outubro, representando um aumento impressionante de 400% em comparação com os cinco registros do ano anterior. Uma análise detalhada dos principais envolvidos revela um cenário intrigante e instigante dentro da política brasileira.

A explosão de processos disciplinares: uma análise

O deputado que se destacou neste contexto foi André Janones (Avante-MG), que teve seis representações, todas relacionadas à quebra de decoro parlamentar. Um incidente em particular chamou a atenção: Janones usou uma camiseta com a frase “Anistia é o c@ralho” durante uma sessão da Câmara, quando familiares de condenados pelo 8 de Janeiro estavam presentes. A representação, encaminhada pelo PL, foi arquivada em 8 de outubro, com 13 votos a favor e 4 contra.

Os demais deputados envolvidos

O segundo deputado com mais processos é Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que acumulou quatro representações. Entre elas, três foram apresentadas pelo PT e uma pelo Psol, devido às “práticas criminosas” supostamente adotadas por ele em articulações nos Estados Unidos contra o Brasil. Essas acusações intensificam as tensões políticas e os debates acalorados no cenário nacional.

Os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gilvan da Federal (PL-ES) empataram com três representações cada um. As ações contra Farias foram arquivadas, enquanto Gilvan ainda aguarda decisão em sua representação, após ter sido suspenso em maio deste ano por três meses.

Processos contra deputados bolsonaristas

Além dos deputados mencionados, ainda há processos tramitando contra os bolsonaristas Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), que participaram de um motim ocupando o plenário da Câmara após a prisão domiciliar de Bolsonaro. Os pedidos de suspensão foram encaminhados pelo corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA), e a pena mais severa foi sugerida para Pollon, que enfrenta duas representações: uma por ocupar a mesa e outra por ofender o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Van Hattem e Zé Trovão também estão na mira do Conselho de Ética, pois estão acusados de obstruir a chegada de Motta à mesa durante o motim, podendo enfrentar até 30 dias de afastamento.

Uma comparação com 2024

Enquanto 2025 se mostra um ano de tumulto e processos contínuos, 2024 registrou apenas cinco processos, todos marcantes. Um exemplo é o caso de Glauber Braga (Psol-RJ), que chegou a fazer uma greve de fome por mais de 200 horas. Os processos enfrentados por ele foram arquivados após uma trama complexa envolvendo a expulsão de um militante do MBL da Câmara. Embora o Conselho tenha aprovado a cassação de seu mandato, houve um acordo para atrasar a votação em plenário.

Além disso, a perda de mandato de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco, chocou a opinião pública, mas o caso não foi levada a votação. O impacto desses casos, somados às atuais rupturas, sobressaem no panorama político brasileiro.

À medida que o Conselho de Ética continua a lidar com esses temas controversos, a sociedade observa atentamente. O que haverá no futuro para esses deputados? O aumento dos processos disciplinares no Conselho de Ética certamente irá moldar o debate político nos próximos meses.

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