Brasil, 20 de outubro de 2025
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Coletivo de Saboeiro chocado com assassinato de ex-cozinheira da PM

Ao se recusar a envenenar policiais, Antônia Ione foi brutalmente assassinada em sua casa, em um crime que chocou a comunidade de Saboeiro.

No último sábado (18), Saboeiro, uma pequena cidade no sertão do Ceará, foi palco de um crime brutal que chocou a comunidade local. Antônia Ione Rodrigues da Silva, de 45 anos, ex-cozinheira do destacamento da Polícia Militar, foi assassinada a tiros dentro de sua residência. O crime gerou uma onda de indignação e discussões sobre a violência atlética e a atuação de facções criminosas na região.

A história de vida de Antônia Ione

Antônia, conhecida como Bira, era uma figura emblemática em Saboeiro. Mãe de dois filhos e bastante respeitada, sua vida estava intimamente ligada àqueles que lutam contra a criminalidade na região. Após deixar sua função como cozinheira da PM em dezembro do ano passado, Ione continuou próxima aos policiais, estabelecendo um vínculo de confiança que, segundo relatos, a transformou em uma fonte de informações sobre atividades criminosas.

Por sua amizade com os agentes de segurança, se tornou alvo de facções criminosas, especialmente do Comando Vermelho, que, segundo as investigações, a consideravam uma ameaça por suas ações de denuncia. Em depoimentos, familiares e amigos revelaram que a cozinheira era frequentemente abordada por criminosos que tentavam convencê-la a envenenar a comida dos policiais, proposta que ela prontamente negou. “Eu enveneno a [comida] de vocês, que gosta de vagabundo, mas não a da polícia”, teria dito Bira, demonstrando sua lealdade aos policiais.

Os detalhes do crime

O assassinato ocorreu por volta das 2h da manhã. Quatro homens invadiram a casa de Antônia, onde também estavam seus filhos – uma menina de apenas 12 anos. O uso de arma de fogo foi confirmado por peritos, que também não descartaram a possibilidade de uso de faca. O ataque foi brutal e calculado, levando a um evidente estado de choque entre os moradores da região.

As investigações levaram à prisão de dois homens, um de 20 e outro de 21 anos, além da apreensão de um adolescente, todos suspeitos de estarem envolvidos no crime. Os três foram identificados como membros do Comando Vermelho, enquanto a defesa insistiu em sua inocência. A polícia segue apurando o caso, buscando outros possíveis envolvidos.

Motivações por trás do crime

Os indícios apontam que a morte de Bira se relaciona diretamente à sua negativa em colaborar com a facção criminosa. Além do pedido de envenenamento, familiares e testemunhas próximos a Ione informaram que ela havia recebido ameaças diretas de morte, tanto do adolescente apreendido quanto dos demais presos.

Durante as investigações, o filho da vítima revelou que o adolescente realizou ameaças poucos dias antes do assassinato. Essas informações, juntamente com a violência do crime, revelam um cenário de amedrontamento e imposição por parte das facções nas comunidades. “Ela tinha um potencial importante para ajudar a polícia, e isso a tornou alvo”, comentou um policial envolvido na investigação.

A resposta da comunidade

A morte de Antônia Ione não passou despercebida pela comunidade. A prefeitura de Saboeiro emitiu uma nota de pesar lamentando a perda, expressando solidariedade aos familiares e amigos. A importância de Ione como uma figura de apoio e amiga da polícia virou um apelo para que ações mais efetivas contra facções criminosas sejam realizadas. “Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares e amigos, desejando força e conforto para superar essa perda irreparável”, diz a nota.

A morte de Antônia Ione Rodrigues da Silva destaca a grave situação da segurança pública no Ceará, que nos últimos anos vêm enfrentando elevados índices de homicídios, e levanta questões cruciais sobre a proteção de informantes e a segurança da comunidade em geral. Medidas sociais e de segurança precisam ser discutidas, para que tragédias como a vivida em Saboeiro não se repitam.

Perspectivas futuras

Enquanto o inquérito avança, fica evidente a necessidade de intensificar a luta contra a criminalidade e fortalecer a segurança das comunidades. Para muitos, a luta não é apenas contra o crime, mas por justiça e paz em um ambiente que, atualmente, é ameaçado pela violência imposta por facções. O legado de Bira, como aliada da justiça, pode ser lembrado como um alerta para a importância de apoiar os cidadãos que se levantam contra a criminalidade.

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