O cantor country Bryan Andrews vive um momento conturbado em sua carreira, atraindo tanto novos admiradores quanto críticas pesadas após seu contundente posicionamento contra a agenda de imigração do ex-presidente Donald Trump e contra o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE). Seus vídeos nas redes sociais, onde expressa suas opiniões, se tornaram virais e geraram uma onda de reações.
A declaração impactante nas redes sociais
Em uma série de vídeos postados no TikTok e no Instagram, o cantor fez um chamado à ação, destacando a hipocrisia dos apoiadores cristãos de Trump. Andrews tem mais de 500 mil seguidores no Instagram e utilizou esta plataforma para transmitir sua mensagem. “Você não pode se chamar de cristão e depois advogar e [palavrão] rir enquanto famílias são separadas do lado de fora dos tribunais, quando pessoas estão tentando entrar aqui da maneira certa”, ele afirmou em um dos vídeos.
Críticas ao ICE e à administração Trump
Durante seu discurso emocional, Andrews criticou a permissão dada pela Suprema Corte para que agentes do ICE realizassem perfis raciais, anotando que: “Você não pode se chamar de cristão e achar que é aceitável que a mais alta corte do [palavrão] país acaba de liberar agentes do ICE para [palavrão] focar em pessoas porque elas são pardas ou falam espanhol.” O apoio a essa política de imigração gerou indignação em muitos setores da sociedade, especialmente em um momento em que o país vivia um endurecimento nas políticas de imigração.
As críticas a Andrews, que também promovia seu novo single “The Older I Get”, não se limitaram a ele, uma vez que outros artistas country, como Zach Bryan, também se manifestaram contra a atuação do ICE.
Apoio e críticas recebidas
As reações ao posicionamento de Andrews foram polarizadas. Muitos usuários da internet manifestaram apoio à sua mensagem, incluindo o ator Mark Ruffalo, que elogiou a coragem do cantor em enfrentar a administração Trump. “Você desmascarou as mentiras dessa administração e o movimento anti-cristão que a apoia. Sua música é [palavrão] ótima e faz parte de uma longa lista de outros artistas que usaram sua música para defender os valores desta nação,” comentou Ruffalo.
Crianças e famílias separadas pelo ICE foram retratadas como vítimas de uma política que os afeta diretamente. Andrews, em um momento de sinceridade, confessou que sente “nojo” de ser associado a apoiadores do MAGA (Make America Great Again) que se identificam como cristãos. “Você não é cristão. Você usa o cristianismo como um escudo para se esconder quando precisa justificar o ódio que você espalha neste mundo,” afirmou ele.
Entretanto, o cantor também recebeu críticas. Alguns internautas argumentaram que as pessoas não haviam chegado aos EUA da maneira correta. Outros comentaram que a aplicação da lei não era um problema, mas sim o desrespeito às leis durante os quatro anos de mandato de Trump.
Reflexões sobre a humanização no debate sobre imigração
A mensagem de Bryan Andrews levanta questões importantes sobre a humanidade e as consequências das políticas de imigração. Ele questionou: “Realmente nos tornamos tão insensíveis a ponto de tratar seres humanos dessa maneira?” Essa pergunta ressoa em muitos que veem a imigração não apenas como uma questão legal, mas como um questionamento moral e ético.
Conforme a discussão sobre imigração prossegue nos EUA, o papel de figuras públicas como Andrews se torna ainda mais crítico. Com sua música e sua voz, ele pode influenciar não apenas os fãs de country, mas todos que buscam responsabilidade e dignidade para os imigrantes.