Brasil, 20 de outubro de 2025
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Bigodini pede afastamento da Câmara para cuidar da saúde

Vereador de Ribeirão Preto solicita novo afastamento em meio a investigações sobre acidente e saúde mental.

O vereador Roger Ronan da Silva, conhecido como Bigodini (MDB), solicitou um novo afastamento de suas funções na Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP) por um período de dez dias. Esse pedido foi feito na segunda-feira, dia 20 de outubro, e ocorre quase um mês após ele ter se envolvido em um acidente de carro com sua namorada, Isabela de Cássia de Andrade Faria. A justificativa apresentada para o afastamento é a ansiedade generalizada, um reflexo dos impactos emocionais que o incidente trouxe para sua vida.

Pediu afastamento por questões de saúde

Este é o segundo pedido de afastamento de Bigodini em um curto período. No início de outubro, a Câmara já havia aceitado sua primeira solicitação, que também foi respaldada por atestado médico revelando um transtorno de adaptação. Esse tipo de transtorno ocorre quando a pessoa apresenta reações emocionais ou comportamentais desproporcionais em resposta a um evento estressante.

Em um vídeo postado em suas redes sociais, Bigodini ressaltou: “Passei por dias difíceis, estava muito abalado e precisei parar para refletir sobre minha situação.” Ele ainda expressou sua intenção de se tratar e cuidar da saúde, tendo consciência de que, como figura pública, seria importante também apoiar aqueles que enfrentam problemas semelhantes.

Acidente e investigações abertas

Desde o acidente ocorrido na madrugada de 29 de setembro, Bigodini faltou a todas as sessões da Câmara, somando um total de sete reuniões plenárias sem sua presença. Os desdobramentos do acidente estão sob investigação da Polícia Civil, que apura a possibilidade de fraude processual. Bigodini e sua namorada afirmaram que ela era a condutora do veículo, que colidiu contra um poste. No entanto, um vídeo mostra Bigodini saindo do carro pelo lado do motorista, levantando suspeitas sobre a veracidade das declarações prestadas.

Além disso, no dia 16 de outubro, tanto ele quanto Isabela deixaram de comparecer a um depoimento agendado na Polícia Civil. A ausência foi justificada pelo advogado de defesa, que alegou o direito constitucional de permanecer em silêncio. “Optamos por essa estratégia, pois o ônus da prova cabe ao Ministério Público”, disse o advogado, Wesley Felipe Martins.

Consequências na Câmara Municipal

A Câmara de Ribeirão Preto já iniciou um processo para que o Conselho de Ética analise a conduta de Bigodini, com a possibilidade de cassação do seu mandato. O advogado especializado em Direito Político, Leonardo Afonso Pontes, destacou que políticos devem dar bom exemplo, tanto em condutas públicas quanto em respeito às leis. Quando há uma violação, a Câmara pode abrir processos de investigação.

Além da cassação, o Conselho de Ética pode impor medidas intermediárias, como suspensão ou afastamento temporário do vereador. A Câmara Municipal manifestou sua preocupação com os desvios éticos e anunciou que acompanhará de perto a investigação policial. O Diretório do MDB em Ribeirão Preto também está atento ao desenrolar das situações, aguardando as conclusões tanto do processo na Câmara quanto das apurações da Polícia Civil.

Alcoolismo e sinais de embriaguez

Durante o incidente, não foram realizados testes de alcoolemia nos dois. Autoridades presentes na ocorrência relataram que Bigodini apresentava sinais de embriaguez. A situação envolvendo o casal gerou uma série de acusações mútuas, a qual se agravou após o acidente, tornando o ambiente ainda mais tenso.

As repercussões desse caso têm chamado atenção da população de Ribeirão Preto e do estado de São Paulo, levantando questões sobre a responsabilidade de figuras públicas diante da lei e a necessidade de dar exemplo à sociedade. A avaliação do Conselho de Ética da Câmara será essencial para determinar os próximos passos de Bigodini e a possível reestruturação do seu mandato.

O vereador, por outro lado, segue focado no seu tratamento e na recuperação de sua saúde, um aspecto que é muito discutido no atual contexto da saúde pública nas redes sociais, onde cada vez mais pessoas compartilham suas experiências e lutam contra a estigmatização de problemas mentais.

Esta situação crítica apresenta aspectos importantes sobre a ética no serviço público e a relevância de cuidar da saúde mental, algo que pode ressoar com muitos cidadãos que enfrentam desafios semelhantes. Assim, a história de Bigodini poderá se tornar não apenas um caso judicial, mas um importante debate social.

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