Brasil, 19 de outubro de 2025
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Papa canoniza sete santos, incluindo os primeiros de Venezuela e Papua-Nova Guiné

Durante Missa em São Pedro, o Papa Leo XIV revelou sete novos santos, entre eles dois venezuelanos e um antigo satanista convertido

O Papa Leo XIV proclamou sete novos santos neste domingo, na Praça de São Pedro, diante de cerca de 70 mil fiéis, incluindo os primeiros de Venezuela e Papua-Nova Guiné. Entre os canonizados estão figuras que demonstraram grande fé e coragem, como um médico popular, uma religiosa que fundou uma congregação e mártires durante a Segunda Guerra Mundial e o genocídio armênio.

Santos de diferentes continentes e histórias de fé marcante

Na celebração sob intenso sol romano, o pontífice destacou a importância de testemunhos de fé que iluminam o caminho dos cristãos: “Hoje temos diante de nós sete testemunhas, os novos santos, que com a graça de Deus, mantiveram acesa a lâmpada da fé”, afirmou em sua homilia. “Na verdade, eles próprios se tornaram lâmpadas capazes de espalhar a luz de Cristo.””

Entre os nomes destacados estão o venerado St. José Gregorio Hernández, conhecido como “o médico dos pobres” na Venezuela, e a religiosa venezuelana St. María del Carmen Rendiles Martínez, que nasceu sem um braço e fundou a congregação dos Servos de Jesus em Caracas.

Santos mártires e defensores da fé

Dentre os canonizados estão também dois mártires que enfrentaram o sofrimento por Cristo. St. Peter To Rot, catequista leigo de Papua-Nova Guiné, foi morto durante a ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial, por defender o casamento cristão e desafiar as autoridades que permitiam a poligamia. “Defendeu seus valores até o último momento”, destacou o Vaticano.

Outro mártir foi o arcebispo armênio-católico, St. Ignácio Maloyan, que foi executado durante o genocídio armênio por se recusar a abandonar sua fé islâmica. Em suas últimas palavras, declarou: “Considero o derramamento do meu sangue pela minha fé como o desejo mais doce do meu coração.”

Santos que desafiaram o inferno e o satanismo

Um dos nomes mais marcantes é o de St. Bartolo Longo, um advogado italiano do século XIX que abandonou o satanismo, no qual havia se ocultado, para dedicar sua vida à difusão do rosário e à construção do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeii, um dos principais locais de peregrinação na Itália. Sua história simboliza a reconversão e a superação do mal pela fé.

Trechos de reflexão papal sobre fé e esperança

Na homilia, o Papa Leo XIV destacou que “o que é mais precioso aos olhos do Senhor é a fé, que é o vínculo de amor entre Deus e o homem”. Segundo ele, “nosso relacionamento com Deus é fundamental, pois tudo foi criado por Ele a partir do nada, e, ao final, Ele salvará a humanidade do nada”.

Durante a cerimônia, também foram canonizadas três mulheres: a venezuelana St. María del Carmen Rendiles, a italiana St. Vincenza Maria Poloni, fundadora das Irmãs de Misericórdia de Verona, e a italiana St. Maria Troncatti, missionária salesiana na Amazônia Equatoriana por 44 anos, conhecida como “Madrecita”.

O significado da canonização e o apelo pela paz

O pontífice ressaltou que “a fé é o bem mais precioso aos olhos de Deus”. Ele também lançou um apelo pela paz, especialmente em Myanmar, pedindo o fim da violência e o início de diálogos construtivos e inclusivos. “Que os instrumentos de guerra deem lugar aos instrumentos de paz”, afirmou.

Antes de encerrar, Leo XIV pediu orações pelos países em conflito, como a Terra Santa e a Ucrânia, e confiou suas orações aos santos recém canonizados, pedindo sabedoria e perseverança aos líderes mundiais na busca por uma paz duradoura.

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