No último dia 17 de outubro, um grave acidente de ônibus na BR-423, entre os municípios de Paranatama e Saloá, no Agreste de Pernambuco, resultou na morte de 17 pessoas. A tragédia chocou as comunidades de Minas Gerais e Bahia, de onde são a maioria das vítimas. A identificação dos corpos foi confirmada pela Polícia Civil e divulgada pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) no domingo (19).
Identificação das vítimas e liberação dos corpos
A identificação das vítimas foi realizada por meio de perícia papiloscópica, utilizando as impressões digitais. Dos 17 corpos, 12 já foram liberados para suas respectivas famílias, enquanto os outros aguardam retirada no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife. Inicialmente, seis corpos foram levados para o IML do Recife e 11 para o IML de Caruaru, mas todos foram posteriormente direcionados à capital para facilitar o processo de identificação e liberação das vítimas.
O que causou o acidente?
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ônibus envolvido no acidente era fretado e transportava cerca de 30 passageiros. Durante a viagem, o veículo acessou a contramão e colidiu com rochas nas margens da rodovia em um local conhecido como Serra dos Ventos. Após essa colisão, o motorista conseguiu retornar à pista correta, mas acabou batendo em um barranco de areia, o que levou ao tombamento do ônibus.
A PRF também informou que alguns passageiros foram arremessados do veículo, indicando que muitos deles não estavam usando cinto de segurança. O número exato de feridos não foi confirmado, mas até o momento, 18 pessoas foram levadas para o hospital de Saloá antes de serem transferidas para o Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns. Foi relatado que um dos pacientes não sobreviveu.
Desafios na contagem das vítimas
Uma complicação adicional surgiu quando as listas de passageiros encontradas em posse do ônibus não condiziam com os números que estavam sob investigação. Isso levou a Polícia Rodoviária Federal e a SDS a acreditarem que algumas das vítimas estavam viajando como caronas, não registradas nas listas. O policial rodoviário Luciano Holanda, que chefia a fiscalizações da PRF em Garanhuns, confirmou que o ônibus tinha autorização válida para o fretamento e foi especificamente contratado para essa viagem, levantando questionamentos sobre o controle de passageiros a bordo.
Reações da comunidade
A tragédia gerou um forte sentimento de luto nas comunidades de Minas Gerais e Bahia, onde as famílias das vítimas residem. A identificação e a liberação dos corpos são um alívio para muitos parentes que aguardavam ansiosamente por notícias de seus entes queridos. A situação ressalta a importância de medidas de segurança em transportes coletivos, especialmente em viagens longas, onde o cinto de segurança deve ser uma prioridade para todos os passageiros.
Envolvimento das autoridades
A PRF continua a investigar as causas do acidente e a conduzir a coleta de informações sobre as circunstâncias que levaram à tragédia. Além disso, a SDS está dando suporte às famílias afetadas, oferecendo assistência necessária neste momento doloroso. Especialistas em segurança rodoviária alertam para a necessidade de reforços nas normas de fretamento de ônibus, visando garantir a segurança de todos os passageiros.
A população de Pernambuco e do Brasil em geral fica atenta a desdobramentos futuros, enquanto se unem em solidariedade às famílias das vítimas, lembrando cada um deles em suas memórias. A luta por justiça e por melhorias nas condições de transporte público e fretamento é um clamor que ganha força a cada incidente, fazendo com que a segurança nas estradas seja um tema vital a ser debatido e priorizado.
