Brasil, 20 de outubro de 2025
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George Santos evoca Jesus Cristo em defesa da comutação de Trump

O ex-representante George Santos critica adversários e menciona Jesus Cristo ao comentar sobre sua comutação de pena.

O ex-representante do Partido Republicano, George Santos, que se tornou conhecido por suas histórias controversas e por sua condenação por fraudes, utilizou uma referência a Jesus Cristo para responder a críticos após a comutação de sua sentença pelo ex-presidente Donald Trump. Santos, que já havia feito história como um dos políticos mais enredados em escândalos nos últimos anos, se expressou com sinceridade durante uma de suas primeiras entrevistas desde que foi libertado da prisão federal.

A polêmica da comutação e as críticas

Em uma entrevista ao programa “State of the Union” da CNN, Santos afirmou que sempre existirá um espaço para críticos, independentemente das circunstâncias. Ele disse: “Pessoas vão me odiar. Não importa quem receber clemência no futuro, eu estou bastante confiante de que, se o presidente Trump tivesse perdoado Jesus Cristo na cruz, ele teria críticos.” Essa declaração causou repercussão e refletiu a disposição de Santos em confrontar sua imagem pública frente a um ambiente hostil.

Desde sua liberação, Santos se deparou não só com a desaprovação de eleitores, mas também de colegas de partido. Os representantes Nick LaLota e Andrew Garbarino, ambos de Nova York, criticaram fortemente a decisão de Trump de comutar a sentença de Santos, que estava cumprindo uma pena de sete anos por fraude eletrônica e roubo de identidade.

Defendendo suas ações e atacando adversários políticos

O ex-representante também se dirigiu a críticos de esquerda que se opuseram ao perdão presidencial. Ele relembrou o perdão concedido pelo presidente Joe Biden a seu filho, Hunter, como um contrastante exemplo de clemência, afirmando: “Há muitas pessoas que ficaram chateadas com o presidente Biden, que perdoou sua família inteira antes de deixar o cargo, em um movimento sem precedentes.”

Santos fez questão de pedir desculpas a aqueles que prejudicou no passado, sem, no entanto, identificar especificamente os doadores que foram vítimas de suas fraudes. Ele expressou: “Eu estava em uma bola de fogo caótica há dois anos. Eu fui meu próprio pior inimigo. E sinto muito ao povo americano. Desculpem-me, residentes do terceiro distrito congressional de Nova York. Sinto muito ao Partido Republicano que investiu seu tempo em mim.”

Planos futuros e reforma do sistema prisional

Ainda que tenha deixado claro que está “cansado da política” e não planeja concorrer a um cargo novamente em breve, Santos demonstrou interesse em participar de iniciativas de reforma criminal bipartidária. Ele comentou também sobre a questão da restituição de $374,000 que deve às vítimas de sua condenação, argumentando que uma parte significativa disso foi um investimento do Comitê Nacional Republicano para sua campanha e não um crime. “O investimento foi feito para vencer uma eleição. Eu ganhei essa eleição. Não houve fraude ali”, tentou justificar.

Santos, que enfrentou 23 acusações, se declarou culpado de fraude e roubo de identidade no ano anterior, depois de admitidos os crimes de uso não autorizado de cartões de crédito de doadores. Com um histórico que inclui alegações de mentiras sobre sua formação e experiências profissionais, Santos quer agora focar em mudanças no sistema prisional, argumentando que os Estados Unidos têm cerca de 250,000 presos federais e que é importante trabalhar para reduzir esse número.

“Acredito que, se eu puder fazer parte disso, isso seria um ótimo caminho a seguir no futuro”, disse Santos, ao se mostrar como um homem agora “humilde”.

Seus comentários e planos pretendem ressoar em um público que, por muito tempo, acompanhou suas falcatruas, mas que agora se depara com um homem que almeja redenção e mudanças na sociedade.

Com a ambição de reformar o sistema, Santos parece estar em busca de um novo capítulo, onde a confiança e a credibilidade possam eventualmente ser reconquistadas, mesmo em meio a um retorno à vida pública envolto em controvérsias. A trajetória de Santos continua a atrair atenção e debate, refletindo as complexidades do cenário político atual.

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