Na última terça-feira (16), o ativista e político Robert F. Kennedy Jr. fez comentários que rapidamente se tornaram virais ao discutir a fertilidade de adolescentes nos Estados Unidos. Durante uma coletiva sobre planos do governo de ampliar o acesso à fertilização in vitro (FIV), RFK Jr. afirmou que “o adolescente médio do país tem 50% da contagem de esperma e 50% de testosterona de um homem de 65 anos”.
Falas sobre fertilidade juvenil e mitos desacreditados
RFK Jr. já havia feito alegações similares antes, mas não há comprovação científica que sustentem suas afirmações. Segundo especialista, não há evidências de que a contagem de esperma entre adolescentes esteja drasticamente deteriorada, ou que estejam apresentando níveis de testosterona tão baixos assim. “Esse tipo de afirmação é incorreta e gera mais dúvidas do que esclarecimentos”, afirmou o médico Dr. Lucas Pereira, urologista do Hospital das Clínicas.
Sobre meninas cedo na puberdade
Outro ponto polêmico foi sua afirmação de que meninas estão entrando na puberdade seis anos antes do normal. Estudos recentes indicam que, de fato, a idade de início da menstruação tem diminuído, mas de forma gradual. Pesquisa publicada na JAMA Network Open revelou que meninas nascidas entre 2000 e 2005 começaram a menstruar, em média, seis meses antes de meninas nascidas entre 1950 e 1969.
Questionamentos sobre suas afirmações e reações públicas
Por fim, RFK Jr. comentou que “nossos pais não estão tendo filhos”, uma frase que gerou confusão e resposta nas redes sociais. Críticos apontaram o erro de interpretação, questionando se ele realmente entende o que significa ser um “pai”. Além disso, muitos usuários criticaram suas declarações, classificando-as como desprovidas de “autoconsciência” ou baseadas em informações equivocadas.
Reações e debates na internet
Internautas reagiram às falas de RFK Jr., destacando a desconexão entre suas declarações e a realidade científica. Alguns criticaram o político por usar temas sensíveis de forma alarmista, enquanto outros disseram que suas afirmações refletem uma desinformação preocupante sobre saúde reprodutiva.
Implicações e próximos passos
As declarações de RFK Jr. ilustram como discursos sobre saúde pública podem ser interpretados de formas distintas, dependendo do contexto. Especialistas reforçam a importância de checar fatos e confiar em dados científicos ao discutir temas relacionados à fertilidade e puberdade.
O episódio também reforça a necessidade de um debate mais informado sobre políticas de saúde reprodutiva. Com a atenção voltada às ações do governo em ampliar o acesso a tratamentos como a fertilização in vitro, é fundamental que informações confiáveis estejam acessíveis à população.
