Brasil, 18 de outubro de 2025
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Inédito transplante de rins em Goiás beneficia irmãos gêmeos

Irmãos Aldemar e Divino se tornam os primeiros a receber rins de uma mesma doadora em Goiás, marcando um avanço na saúde pública.

Goiânia – Os irmãos Aldemar Cavalcante Barros, de 59 anos, e Divino Cavalcante Barros, de 57, fizeram história ao se tornarem os primeiros pacientes a receber um transplante de rins de uma mesma doadora no estado de Goiás. Essa conquista médica foi considerada rara e representa um grande avanço na saúde pública local. As cirurgias foram realizadas no Hospital Geral de Goiânia (HGG) na última sexta-feira, 17 de outubro.

A trajetória dos irmãos

Aldemar e Divino, naturais de Porangatu, no norte de Goiás, são policiais da reserva e pertencem a uma família de sete irmãos. Ambos perderam a função renal devido a complicações provocadas pela diabetes. Aldemar, o irmão mais velho, vinha esperando na fila para o transplante há quatro anos e iniciou a hemodiálise há aproximadamente um ano. Divino, por sua vez, teve problemas renais diagnosticados recentemente.

O transplante ocorreu de forma surpreendente. Aldemar estava em Goiânia para um check-up cardíaco quando recebeu uma ligação que mudaria suas vidas. Ele recebeu a notícia de que finalmente havia uma doadora compatível e que tanto ele quanto Divino poderiam ser beneficiados ao mesmo tempo.

A importância da compatibilidade

De acordo com o cirurgião Rodrigo Rosa, que participou da equipe do Serviço de Transplante Renal do HGG, a realização do transplante não é simples e requer exames rigorosos para determinar a compatibilidade entre o doador e o receptor. “São necessárias avaliações de compatibilidade sanguínea e alelos, que são como cicatrizes genéticas que influenciam a aceitação do órgão. Isso garante que o organismo do receptor não reaja negativamente ao órgão doado”, explica Rosa.

Desafios da fila de espera

Atualmente, segundo dados da Central Estadual de Transplantes, há 2.458 pessoas na fila de espera por transplantes em Goiás. Destes, 686 estão à espera de um transplante renal, 12 de fígado, três de pâncreas e dois em espera para transplante de pâncreas e rim.

É importante ressaltar que a posição na fila de espera depende de diversos fatores, como compatibilidade, urgência médica e condições gerais de saúde do paciente. A gestão da fila é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo os órgãos doados direcionados para pacientes que estão na fila nacional controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Impacto social e emocional

O sucesso desses transplantes não apenas renova a esperança dos irmãos, mas também representa um impacto significativo na saúde pública. A iniciativa destaca a eficácia do sistema de doação de órgãos, que pode salvar e melhorar diversas vidas. Para Aldemar, a experiência foi extremamente emocionante. “Nunca imaginei que receberíamos rins da mesma doadora. Isso é um presente que nos foi dado”, compartilha.

Além da questão emocional, a família Cavalcante Barros celebra a recuperação de seus membros, aguardando ansiosamente pela recuperação completa de Aldemar e Divino. A união dos irmãos neste momento difícil fortalece não apenas os laços familiares, mas também traz à tona discussões sobre a importância da doação de órgãos.

Conclusão

O transplante simultâneo de rins de uma mesma doadora para dois irmãos é um marco para a medicina no Brasil, especialmente em Goiás. Esta história nos mostra que, com o apoio e a solidariedade da sociedade, é possível transformar vidas e dar novas esperanças a pessoas que tanto precisam. A doação de órgãos é um ato de amor e esperança que pode salvar vidas e impactar positivamente famílias inteiras.

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