Brasil, 18 de outubro de 2025
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Homem é condenado a 30 anos por atropelamento que matou três jovens

Adalto Roberto da Silva Júnior foi sentenciado a 30 anos pela morte de três jovens em um acidente trágico em Feira de Santana.

No último dia 17 de outubro, o açougueiro Adalto Roberto da Silva Júnior, de 26 anos, recebeu uma sentença de 30 anos de prisão após ser considerado culpado pelas mortes de três jovens no distrito de Jaíba, em Feira de Santana, Bahia. O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da cidade e perdurou por mais de 14 horas, culminando em uma decisão marcada pela emoção e a busca por justiça das famílias das vítimas.

Resumo do acidente trágico

A tragédia ocorreu em 31 de julho de 2022, quando Ronald Soares dos Santos, de 7 anos, Williane Azevedo de Jesus, de 16, e Rafael dos Santos Gonçalves, de 17, foram atropelados enquanto retornavam para casa após comprar lanches. A acusação destacou que, na ocasião, Adalto dirigia sob efeito de álcool e a altas velocidades, colidindo com as motocicletas onde estavam os jovens. Além das três mortes, outras duas pessoas ficaram feridas, intensificando a gravidade do incidente.

Negligência e fuga após o acidente

Após o atropelamento, Adalto tentou fugir do local, mas foi preso em flagrante e permaneceu detido por três meses. Sua defesa alegou a demora na audiência de custódia, o que resultou em sua liberação temporária, com o réu respondendo ao processo em liberdade até o veredito final. Durante o julgamento, seis testemunhas foram ouvidas, fornecendo relatos que ajudaram a moldar o caso a favor da acusação.

Depoimentos das famílias

Os depoimentos emocionantes das mães das vítimas ilustraram a dor e o vazio deixado pela tragédia. Carla de Azevedo, mãe de Williane e Ronald, narrou que seus filhos haviam saído de casa para comprar um hambúrguer e nunca mais voltaram. “Disseram que ele estava bêbado e vinha a 100 km/h. Levou todos que estavam na frente”, disse Carla, transparecendo sua revolta e tristeza.

Antônia Gonçalves, mãe de Rafael, também expressou sua dor ao raciocinar sobre a rotina do filho, que frequentemente ia comprar lanches. “Ele [o autor do crime] veio passando por cima de quebra-molas como se fosse um tapete. Meu filho ainda deu passagem pra ele”, lamentou Antônia, emocionada ao relatar a cruel perda.

Processo judicial e pressão social

Desde o acidente, as famílias das vítimas mobilizaram a comunidade e realizaram protestos pedindo justiça. As demandas foram ouvidas, e o processo judicial avançou com a conversão da prisão do réu em preventiva. O inquérito foi conduzido pelo delegado Fabrício Linard, que trabalhou minuciosamente para reunir testemunhos e laudos periciais do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

A juíza Yasmin Leão, responsável pelo julgamento, reiterou a gravidade do crime ao proferir a sentença durante a madrugada de 18 de outubro. “A pena é um reflexo da dor e da perda, e que sirva de aviso sobre as consequências de condutas irresponsáveis”, declarou em sua fala após a leitura do veredito, que visou não apenas punir o réu, mas também devolver um senso de justiça às famílias afetadas.

Consequências e próximos passos

Adalto está atualmente cumprindo sua pena em regime fechado no Complexo de Delegacias do Sobradinho, em Feira de Santana. Ele pode recorrer da decisão, mas a defesa ainda não se manifestou sobre o futuro da apelação. As famílias das vítimas, por sua vez, continuam a buscar apoio emocional e servir de voz para aqueles que perderam suas vidas de forma tão brutal e injusta.

A repercussão do caso destaca não só a necessidade de maior conscientização sobre os riscos da direção imprudente e da condução sob efeito de substâncias, mas também a importância da justiça em aliviar um pouco a dor irreparável deixada pela tragédia.

Leia mais sobre o caso aqui.

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