Brasil, 21 de outubro de 2025
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Greta Thunberg denuncia abusos e selfies durante detenção israelense

Ativista sueca revelou episódios de humilhação, agressões e uso de selfies por guardas em sua prisão na Palestina

Na semana passada, Greta Thunberg revelou detalhes assustadores de sua experiência sob custódia na prisão israelense, após ser interceptada durante a flotilha humanitária no Mar Mediterrâneo. A ativista acusou autoridades israelenses de tortura, humilhações e de serem flagrante violação dos direitos humanos, enquanto ela passava cinco dias em detenção.

Acusações de maus-tratos e humilhações na prisão israelense

Em entrevista ao jornal sueco Aftonbladet, Greta descreveu condições extremas, incluindo ser desnudada, forçada a assistir à destruição de seus pertences e submetida a tortura psicológica e física. “Foi algo distópico. Vi cerca de 50 pessoas ajoelhadas, com as mãos algemadas e as testas no chão”, relatou. Ela afirmou ainda que guardas israelenses aprenderam insultos em sueco e a chamaram de “Lilla hora”, traduzido como “pequena prostituta”.

Segundo Greta, ela foi obrigada a se sentar em um canto com uma bandeira de Israel ao seu lado, sendo agredida se a tocasse. “As pessoas que a cuidavam filmaram tudo, inclusive selfies com ela na posição de vulnerabilidade”, descreveu, acrescentando que seus pertences foram cortados com faca enquanto ela era ameaçada e humilhada.

Imagens e abuso durante a detenção

A ativista revelou que foi forçada a despir-se novamente, em uma situação marcada por “maquinal, manuseio rude e filmagens”. “Foi tudo extremamente violento. As medicações das pessoas eram jogadas na lata do lixo diante de nossos olhos”, afirmou. Ela também relatou que, com o calor de aproximadamente 40°C, foi colocada em uma cela fria, com as mãos algemadas e, posteriormente, colocada em uma cela de piso frio, enquanto os guardas riam e jogavam água pela janela.

Condições degradantes e ameaças

Greta descreveu estar em um espaço extremamente apertado, com muitos presos passando por desmaios e sendo ameaçados de uso de gás venenoso. “Eles seguraram um cilindro de gás e ameaçaram pressioná-lo contra nós”, contou. Ela observa que a situação é uma pequena amostra do que muitos palestinos sofrem diariamente, incluindo crianças, que estão presos e, provavelmente, sendo torturados.

“Se Israel, sob os olhos do mundo inteiro, trata uma pessoa como eu dessa forma, imaginemos o que fazem com os palestinos”, afirmou Greta, cujo relato reforça a denúncia de violações de direitos humanos na região.

Resposta de Israel e críticas às alegações

O governo israelense negou as acusações, com o ministro das Relações Exteriores afirmando em uma declaração ao Telegraph que “todos os direitos legais de Greta foram plenamente respeitados”. Ainda segundo a autoridade, ela teria se recusado a acelerar sua deportação e não apresentou quaisquer queixas formais por abusos. “Nada disso aconteceu”, afirmou a autoridade.

Repercussão internacional e debates sobre direitos humanos

As denúncias de Greta trazem à tona questões sobre o tratamento de presos na Palestina e reforçam a controvérsia em torno da atuação israelense na região. Organizações internacionais e ativistas de direitos humanos acompanham o caso de perto, reforçando a necessidade de uma investigação independente sobre os episódios descritos por Greta. A acusação de tortura e maus-tratos aumenta ainda mais o clamor por políticas mais humanas e transparentes no conflito.

Este caso coloca em evidência o impacto de ações de guerra na dignidade dos detidos e a urgência de uma solução pacífica e respeitosa. Greta concluiu sua fala destacando: “Se uma pessoa comum sofre essa crueldade, não podemos imaginar o que ocorre com milhões de palestinos presos sem uma causa justa”.

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