Brasil, 18 de outubro de 2025
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Exportações de terras-raras caem em setembro devido a controles chineses

As exportações chinesas de terras-raras diminuíram em setembro, refletindo o endurecimento de controles que afetam cadeias globais e tensionam EUA e China

As exportações chinesas de terras-raras, minerais essenciais para veículos elétricos, armamentos e alta tecnologia, recuaram em setembro em comparação ao mês anterior, indicando impacto das novas restrições impostas por Pequim. Os embarques totalizaram 6.538 toneladas, ante 7.338 toneladas em agosto, de acordo com dados alfandegários divulgados neste sábado.

Controle mais rígido de Pequim afeta exportações de terras-raras

O resultado contrasta com os aumentos constantes registrados até agosto, que levaram os embarques ao maior nível desde 2012. Neste mês, a China anunciou restrições mais amplas às suas exportações, incluindo controles sobre produtos com pequenas quantidades de minerais de origem chinesa vendidos fora do país.

Reação internacional às novas restrições

Autoridades dos Estados Unidos condenaram as medidas de Pequim, alegando que representam uma ameaça à segurança do fornecimento global. Representantes chineses, por sua vez, afirmaram que as restrições são uma resposta às ações dos EUA, como sanções que atingem subsidiárias de empresas chinesas.

Contexto de tensões comerciais e reações globais

A China, maior produtora mundial de terras-raras, impôs controle sobre algumas exportações em abril, causando queda acentuada nas vendas externas por meses, até uma fase de recuperação temporária. Agora, a postura mais dura de Pequim provoca reação mundial, com países da Europa e do Japão preocupados com a estabilidade das cadeias de suprimentos.

Durante o Fórum do FMI, autoridades chinesas tentaram amenizar as preocupações, assegurando que os controles não visam proibir exportações, e que pedidos civis continuam sendo considerados. Contudo, o impacto global gerou temor de maior volatilidade no mercado de minerais estratégicos.

Reações e perspectivas futuras

Nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, sinalizou possibilidade de resposta coordenada ao endurecimento das restrições chinesas, durante reunião em Washington. A expectativa é que uma reunião entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump, prevista para a próxima semana na Coreia do Sul, possa amenizar as tensões e estender a trégua tarifária.

Especialistas alertam que as ações de Pequim, além de criarem vulnerabilidades nas cadeias globais de suprimentos, representam uma mudança na estratégia de uso de minerais de alta tecnologia como armas comerciais. O mercado financeiro acompanha com cautela os desdobramentos dessas disputas.

Para ler mais detalhes, acesse o fonte oficial.

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