Brasil, 18 de outubro de 2025
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Dengue no Alto Tietê: casos caem 95,9% entre 2023 e 2024

Os casos de dengue no Alto Tietê apresentaram uma queda significativa de 95,9% entre os anos de 2023 e 2024, levando a região a intensificar as ações de combate ao mosquito transmissor.

De acordo com dados recentes do Painel de Arboviroses do estado de São Paulo, os casos de dengue na região do Alto Tietê caíram drasticamente. Em comparação entre os meses de janeiro a setembro de 2023 e 2024, os registros passaram de 59.520 para 2.419. Essa acentuada diminuição reflete uma série de esforços dos municípios para combater a propagação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença.

Histórico de casos no Alto Tietê

Nos primeiros nove meses de 2024, Mogi das Cruzes liderou a lista de cidades com mais casos, contabilizando 19.180. No entanto, em relação ao ano anterior, os números revelaram uma queda significativa, passando para apenas 253 ocorrências. Por outro lado, Salesópolis, que em 2023 tinha 336 casos, reduziu esse número para apenas 57 em 2024.

Com a proximidade da primavera e do verão, as autoridades de saúde se preparam para um potencial aumento nos registros. Historicamente, entre os meses de outubro e maio, o número de casos tende a subir devido às chuvas e ao calor, que oferecem um ambiente propício para a proliferação do mosquito. Em resposta a essa dinâmica, os municípios da região estão intensificando as ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti.

Ações de combate ao mosquito

Cidades como Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Santa Isabel e Suzano estão implementando diversas estratégias para reduzir a população do mosquito transmissor. Entre as iniciativas estão visitas a imóveis, campanhas de conscientização e inspeções em áreas suspeitas de focos de água parada.

Medidas de prevenção em Mogi das Cruzes

Jefferson Renan de Araújo Leite, diretor da Vigilância em Saúde de Mogi das Cruzes, recomenda à população a eliminação de criadouros do mosquito, com ênfase em recipientes que acumulam água limpa parada. Ele destaca que, além de recipientes comuns como caixas d’água, calhas e sacolas plásticas, outros locais também podem servir como criadouros, inclusive com água suja.

Adicionalmente, desde fevereiro de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando a vacina contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região.

Entendendo o ciclo do Aedes aegypti

A fêmea do mosquito Aedes aegypti é a única responsável pela transmissão do vírus da dengue. Para maturar seus ovos, a fêmea necessita do sangue de humanos ou animais. Ela procura recipientes escuros com água, onde poderá depositar seus ovos. Leite explica que a fêmea pode deixar até 1,2 mil ovos em um único ciclo de vida, que pode durar de 30 a 40 dias.

Uma vez que os ovos entram em contato com a água, eles eclodem em larvas, que se transformam em mosquitos adultos em aproximadamente uma semana. Por isso, a prevenção se torna crucial, ao eliminar possíveis criadouros e evitar que os ovos se desenvolvam.

Preparativos dos municípios para a temporada de dengue

As prefeituras também estão se mobilizando para intensificar as ações de controle. Ferraz de Vasconcelos comunicou que, em 2024, foram registrados 183 casos de dengue, uma redução significativa em relação aos 3.181 registrados no ano anterior. A localidade está realizando visitas e ações educativas para conscientizar a população.

Guararema, que teve 55 casos no primeiro semestre de 2024, também está priorizando as visitas a imóveis e a distribuição de material informativo sobre as medidas preventivas.

Itaquaquecetuba e Suzano têm adotado táticas semelhantes, buscando ativamente focos do mosquito e disponibilizando a vacina em suas UBSs. Essa união de esforços entre os municípios revela um comprometimento em manter a dengue sob controle e proteger a saúde da população.

Conclusão

Os dados positivos sobre a redução dos casos de dengue no Alto Tietê são animadores, mas não devem levar à complacência. A chegada da primavera e do verão traz riscos reek novos ciclos de infecções, destacando a importância das medidas preventivas que a população deve manter. Com a colaboração e conscientização de todos, é possível evitar uma nova epidemia de dengue na região.

O alerta e as ações contínuas de controle, como a eliminação de criadouros e a vacinação, são fundamentais para assegurar a saúde dos cidadãos no Alto Tietê.

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