A ginástica artística, modalidade que brilhou para o Brasil nas Olimpíadas de Paris-2024, enfrenta um novo desafio ao dar início ao ciclo para Los Angeles-2028. O Campeonato Mundial de Ginástica, que acontece em Jacarta, na Indonésia, marca a primeira competição desse ciclo, com as equipes masculina e feminina com metas ambiciosas e rostos novos.
Desafios para a equipe feminina
A equipe feminina, que conquistou quatro medalhas em Paris, verá mudanças significativas em sua formação. Estarão ausentes atletas de destaque, como Rebeca Andrade, que vive um ano sabático, e Jade Barbosa, que se encontra em gravidez. Lorrane Oliveira, em fase de recuperação, também não competirá. A equipe será liderada por Flávia Saraiva e Júlia Soares, acompanhadas das jovens ginastas Júlia Coutinho e Sophia Weisberg, ambas com apenas 15 anos, que farão sua estreia em mundiais.
Flávia Saraiva, aos 26 anos, é a principal referência na equipe feminina, tendo participado de cinco edições do mundial e conquistado medalhas nas últimas competições. “Estou animada para mostrar o que aprendi e também para ajudar as novas integrantes da equipe”, declara Flávia, que se considera uma mentora para as mais jovens.
Programação e foco nas disputas
A estreia da equipe feminina será na terça-feira, às 6h30 (horário de Brasília). As competições incluirão as disputas nas barras assimétricas, trave, solo e salto. No lado masculino, os atletas iniciam sua participação na madrugada de amanhã, às 1h50, competindo nas barras paralelas, barra fixa, solo, cavalo com alças, argolas e salto. O campeonato se estenderá até o dia 25 de outubro e contará com competidores de cerca de 80 países.
Expectativas para a equipe masculina
Do lado masculino, o Brasil terá um time competitivamente diversificado, incluindo Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares, Vitaliy Guimarães e Tomás Florêncio, que substituirá Yuri Guimarães devido a desconfortos em treinos. Caio, que ficou fora de Paris-2024 devido a problemas de saúde, está otimista: “Este mundial representa um novo recomeço para mim e para a equipe,” afirmou. Na Copa do Mundo na Hungria, ele ganhou a prata nas barras paralelas, mostrando que está em boa forma para competir.
As expectativas de Flávia Saraiva
Flávia Saraiva também destacou a importância do aprendizado e do amadurecimento das jovens ginastas. “É um momento de ensinar e aprender, não de pressão, mas de crescimento,” afirmou a atleta que já foi nona colocada mundialmente. Suas declarações refletem um espírito de equipe e apoio às novatas, que darão o seu melhor em um cenário internacional.
Uma competição que marca o ciclo
A 53ª edição do Mundial de Ginástica Artística tem um significado especial, pois é o marco inicial do ciclo olímpico. Os melhores ginastas de cada aparelho se classificam para as finais, e as expectativas são altas para a equipe brasileira. “Cada ciclo traz novos desafios. Estamos prontos para isso e empolgados para a competição,” disse Francisco Porath Neto, coordenador da seleção brasileira feminina.
Assim, com esperança e determinação, o Brasil se prepara para deixar sua marca no Mundial de Jacarta, enfrentando desafios e renovando suas aspirações rumo a Los Angeles-2028.