O governo do presidente Donald Trump anunciou, nesta sexta-feira (16), a ampliação do acesso à fertilização in vitro (FIV) e outros tratamentos de fertilidade nos Estados Unidos, por meio de parcerias com empresas farmacêuticas e a expansão da cobertura de seguros. As ações visam reduzir custos e aumentar a disponibilidade de cuidados de fertilidade no país.
Redução de custos de medicamentos e novas parcerias farmacêuticas
Segundo uma publicação da Casa Branca, o governo está colaborando com grandes empresas farmacêuticas para diminuir substancialmente o preço dos medicamentos usados na FIV.
Em parceria com o grupo líder EMD Serono, Trump afirmou que esses medicamentos estarão disponíveis “a preços muito, muito baixos — valores que você nem vai acreditar”. Além disso, quem comprar diretamente pelo site TrumpRx.gov, previsto para lançar em janeiro de 2026, terá descontos que podem chegar a 796% sobre o valor negociado de produtos como o GONAL-F, fertilizante bastante utilizado na fertilização.
Expansão da cobertura de seguros e novas opções para empregadores
A administração também anunciou que facilitará a inclusão de planos específicos de fertilidade nas seguradoras patrocinadas por empresas, equiparando-os às opções tradicionais de planos de saúde, odontológico e oftalmológico. “Isso tornará todos os tratamentos de fertilidade, incluindo a FIV, muito mais acessíveis e disponíveis”, destacou Trump em discurso transmitido ao vivo.
Segundo o governo, essa medida permitirá que casais identifiquem problemas precocemente e tratem as causas de infertilidade, promovendo gestações mais saudáveis. “A integridade e a proteção da vida humana em todas as fases é uma prioridade, mesmo diante desses avanços”, afirmou a campanha March for Life, apoiando a iniciativa.
Controvérsias religiosas e posições contrárias
Por outro lado, a fertilização in vitro é amplamente criticada por grupos pró-vida, incluindo a Igreja Católica. O procedimento consiste na criação de embriões humanos em laboratório, muitos dos quais são descartados ou utilizados em pesquisas científicas, o que é considerado antiético por essas instituições.
A líder do grupo pro-vida Live Action, Lila Rose, afirmou que “a FIV causa a morte de mais crianças do que o aborto” por meio da destruição de embriões excedentes. Ela ressaltou que, embora a técnica seja difundida, os embriões criados sob ela representam uma forte controvérsia moral.
Perspectivas e impactos futuros na saúde reprodutiva
Especialistas destacam que as medidas poderão melhorar a acessibilidade a tratamentos de fertilidade, ao mesmo tempo que incentivam pesquisas para soluções menos invasivas e mais humanas. Institutos como o Saint Paul VI Institute atuam na promoção de métodos alternativos, como a tecnologia NaPro, que investiga a origem das dificuldades reprodutivas sem destruir embriões.
A proposta do governo de ampliar a cobertura de tratamentos de fertilidade nos EUA pode representar um avanço importante para casais que enfrentam dificuldades em conceber, além de gerar debates sobre questões éticas e morais relacionadas às práticas de reprodução assistida.