O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira que as tarifas elevadas ameaçadas contra a China não são sustentáveis, em meio ao aumento das tensões comerciais entre as duas maiores economias mundiais. A afirmação ocorreu antes de uma reunião esperada com o presidente chinês, Xi Jinping, na cúpula da Apec, na Coreia do Sul, prevista para o fim deste mês.
Negociações e ameaças tarifárias
Trump explicou que as tarifas que ameaçou impor à China poderiam não se manter em vigor sem impactar significativamente a economia americana. “Não é sustentável”, afirmou durante entrevista à Fox Business, acrescentando que as medidas foram tomadas porque Pequim o forçou a agir dessa forma. A ameaça de uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses permanece, embora uma pausa nos embargos esteja prevista até 10 de novembro, caso não seja prorrogada.
Reunião com Xi Jinping na Coreia do Sul
O presidente americano confirmou que se reunirá com Xi Jinping durante a cúpula da Apec, na Coreia do Sul, ao final deste mês. “Vamos nos reunir em algumas semanas na Coreia do Sul com o presidente Xi”, declarou Trump ao programa “Sunday Morning Futures” da Fox News. Ele também afirmou que “se dá muito bem com ele” e reforçou a busca por um “acordo justo” entre os dois países.
Contexto das tensões comerciais
A escalada tarifária levou os Estados Unidos a elevar os impostos sobre produtos chineses a até 145%, fomentando temores de uma recessão global e de um entrave no comércio internacional. As medidas retaliatórias também envolveram restrições tecnológicas e controles mais rígidos sobre a exportação de terras raras por Pequim, enquanto Washington propôs novas tarifas sobre navios chineses entrando em portos americanos.
Perspectivas e expectativas
Segundo analistas, há otimismo de que Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, consigam reverter o impasse e estabelecer um acordo que beneficie ambas as partes. Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, declarou à Fox Business que confia no sucesso das negociações futuras, destacando a importância de um diálogo construtivo com a China mesmo diante das tensões atuais.
Enquanto isso, o Brasil mantém sua estratégia de separar a política das relações comerciais com os EUA, buscando uma atuação mais neutra na escalada de conflitos entre as duas maiores economias mundiais. Mais detalhes sobre a estratégia brasileira.
Para saber mais sobre o impacto das tarifas na relação comercial entre os países, acesse a entrevista de Trump à Fox News.