A nova novela “Três Graças”, criada por Aguinaldo Silva, traz à tona um enredo intrigante que une a caridade a um crime escandaloso. O personagem central, Santiago Ferette, interpretado por Murilo Benício, é um respeitável líder comunitário, conhecido por sua fundação que distribui medicamentos. Contudo, por trás dessa fachada altruísta, esconde-se um esquema ilegal de falsificação de remédios que promete chocar a audiência.
O vilão por trás da fachada
Santiago Ferette é visto como um beneficiário, um homem que recebe reconhecimentos do governo por seu trabalho social. No entanto, a realidade é bem diferente: os remédios vendidos a preços acessíveis são, na verdade, placebos. O que deveria ser um ato de generosidade se torna um ciclo de engano e miséria, afetando diretamente aqueles que mais precisam.
A Casa da Farinha: o núcleo da ilegalidade
No coração desse esquema está a “Casa da Farinha”, uma fábrica clandestina onde são produzidos os medicamentos falsificados. Os trabalhadores locais, como Luciano (Pedro Ogata), operam na linha de frente da produção, alheios ao impacto devastador que suas ações causam à saúde dos pacientes que consomem os placebos ao invés de medicamentos essenciais.
Os homens de confiança de Ferette, como Macedo (Rodrigo García) e Edilberto (Julio Rocha), desempenham papéis cruciais nesse esquema. Macedo atua como segurança e motorista, enquanto Edilberto, o capanga, executa as ordens sem hesitação. Ambos representam a lealdade distorcida que permeia o ambiente da fundação, onde o crime se disfarça de bem-estar social.
Personagens e suas complexidades
Além de Ferette, Macedo e Edilberto, a novela introduz Vicente (Marcello Escorel), um gerente que vive em constante conflito entre a admiração e o ressentimento pelo patrão. A luta interna de Vicente reflete uma realidade comum em ambientes tóxicos, onde a ambição se choca com a moralidade. “Vicente é um solitário, que odeia Ferette por sua vida de ostentação”, comenta Escorel, destacando a complexidade do personagem.
Os filhos de Ferette, Leonardo (Pedro Novaes) e Lorena (Alanis Guillen), também trazem camadas à narrativa, sendo inconscientes do segredo sombrio que envolve a Fundação Ferette. A dinâmica familiar, marcada por laços de afeto, se contrapõe à traição que permeia o comportamento do patriarca.
Um vilão com nuances humanas
Murilo Benício traz à vida um vilão que tem suas fragilidades. Apesar de seu comportamento egoísta e manipulador, ele é descritivo nas suas interações familiares, sendo um marido dedicado a Zenilda (Andreia Horta) e pai para os filhos. Essa dualidade provoca a empatia do público, que se vê diante de um personagem complexo que não se limita a ser mau.
Expectativas para ‘Três Graças’
Com a estreia marcada para outubro, “Três Graças” promete iniciar discussões sobre ética, moralidade e as consequências das ações humanas em nome do poder e do dinheiro. A novela não apenas entretém, mas também provoca reflexões sobre a vulnerabilidade da população que confia em instituições que deveriam zelar por seu bem-estar. A obra, sob direção de Luiz Henrique Rios, conta com um elenco talentoso e uma narrativa coesa, explorando um tema relevante e atual.
Fique atento para a estreia e acompanhe os desdobramentos dessa trama que, com certeza, irá prender a atenção dos telespectadores em todo o Brasil.
