O icônico autor Stephen King, aos 78 anos, recentemente revelou suas incertezas sobre o futuro como escritor. Em meio a controvérsias recentes, incluindo um polêmico tweet sobre o influenciador conservador Charlie Kirk, King admitiu que está avaliando a possibilidade de se aposentar após concluir seus próximos dois romances.
Reflexões sobre o futuro
Em uma entrevista ao USA Today, King disse: “Estou tentando limpar minha mesa o máximo que posso. Na minha idade, você não pode garantir nada. Tenho de ser um pouco cuidadoso.” Ele ressalta que, ainda que se sinta saudável, é consciente de que a vida pode ser imprevisível e que tudo pode mudar rapidamente.
“Você não pode garantir nada quando passa dos 75 anos. Eu pode ter mais 10, 15 anos, mas não se pode contar com isso,” ele admitiu, refletindo sobre sua vulnerabilidade à medida que envelhece.
Retrospectiva de sua obra
Aos longo dos anos, a obra de King tem sido um verdadeiro ouro para os estúdios de Hollywood, que continuam a adaptar suas histórias para o cinema e a televisão. Este ano, por exemplo, dois filmes baseados em suas obras, The Monkey e The Long Walk, obtiveram grande sucesso nas bilheteiras.
Na televisão, a série The Institute foi renovada para sua segunda temporada e promete continuar a atrair a atenção dos fãs. Além disso, a esperada série It – Welcome to Derry, da HBO, está prestes a ser lançada em 26 de outubro.
Controvérsias e repercussões
Recentemente, King recebeu críticas pesadas por um comentário feito no X (antigo Twitter), onde sugeriu que Charlie Kirk havia defendido a pena de morte para homossexuais. Após a repercussão negativa, com reações de figuras públicas, incluindo o Senador Ted Cruz, King se desculpou, afirmando que o comentário foi fruto de uma leitura apressada e sem checagem de informações.
Estas não foram as únicas críticas que o autor enfrentou. King também provocou indignação entre seus seguidores ao fazer um post sobre Jeffrey Epstein, onde utilizou humor para discutir a questões sensíveis envolvendo listas de clientes do criminoso.
Medos e preocupações pessoais
Além das pressões externas, King também compartilhou seus medos pessoais em relação à saúde mental, especificamente sobre o desenvolvimento de demência. Em entrevistas, ele expressou preocupação com sua memória e a possibilidade de não conseguir manter a clareza mental necessária para continuar escrevendo.
“Toda vez que não me lembro de uma palavra ou algo assim, penso: ‘Isso é o começo'”, disse o autor preocupado, lembrando-se do legado do também escritor Terry Pratchett, que lidou com a doença de Alzheimer durante seus últimos anos de vida.
O legado de Stephen King
Independentemente das incertezas, o legado de Stephen King como um dos maiores autores de terror e ficção de nossos tempos está inegavelmente consolidado. Com mais de 85 milhões de cópias de seus livros vendidos mundialmente, suas histórias permanecem um pilar da cultura pop, ampliadas por suas adaptações para o cinema e a televisão, que continuam a influenciar novas gerações de fãs e criadores.
Ao se preparar para um possível hiato em sua carreira, a reflexão de King sobre a fragilidade da vida e da carreira artística ressoa como um lembrete do impacto duradouro que sua escrita teve sobre leitores em todo o mundo.