A seleção brasileira feminina de ginástica artística tem um motivo especial para brilhar no Campeonato Mundial que acontece em Jacarta, Indonésia. Com uma homenagem à icônica “camisa 10” do futebol brasileiro, as ginastas Flávia Saraiva, Júlia Soares, Júlia Coutinho e Sophia Weisberg usarão um collant desenhado pela atleta Jade Barbosa, que não pôde participar do evento devido à sua gravidez. Este gesto não apenas simboliza a força da equipe, mas também traz à tona a rica história do esporte no Brasil.
Homenagem aos ícones do futebol
O collant que as ginastas usarão no treino de pódio neste sábado resgata a homenagem do número 10, um símbolo que transcende gerações e reflete a grandeza de figuras como Marta, Pelé e Zico. Segundo a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a escolha do número é um tributo à inspiração e aos valores que esses atletas representam, tanto dentro quanto fora dos campos.
“Essa homenagem é uma forma de unir diferentes modalidades esportivas sob um único propósito: mostrar ao mundo a força e o talento do Brasil”, ressaltou Jade Barbosa. Para ela, cada detalhe do collant, desde a escolha dos tecidos até as pedras que adornam o uniforme, é uma representação da história e identidade do país.
A conexão com a história da ginástica
Além das referências aos ídolos do futebol, a CBG também destaca que o número 10 remete à extraordinária performance da ginasta Nadia Comaneci, que se tornou um marco na história da ginástica ao realizar o primeiro 10 perfeito nos jogos olímpicos. Este momento inspirou gerações de atleta que buscam a excelência e a determinação, princípios que também definem as competidoras brasileiras.
“Quando penso em cada desenho, penso além de um uniforme. O collant é uma representação da nossa história e da responsabilidade que carregamos. É um legado de um povo que nunca deixa de sonhar e de representar o verde e amarelo”, completou Jade, que sempre se envolveu ativamente no design dos uniformes da seleção.
Expectativas para o Mundial de Jacarta
O Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que começa na madrugada deste domingo na Indonésia, promete momentos de grande emoção. Enquanto a equipe masculina fará sua estreia à 1h50, a feminina também conta com duas novatas: Sophia Weisberg e Júlia Coutinho. Ambas têm mostrado grande potencial, com Sophia se destacando como campeã brasileira em todos os aparelhos e Julia sendo amplamente elogiada por suas apresentações de solo.
A CBG tem um histórico de inovação nos uniformes e desde 2018 trabalha em parceria com a americana Ozone. Desde então, as atletas notaram sua participação mais ativa na criação dos collants, com a seleção feminina lançando cerca de sete modelos a cada ano, refletindo tanto a identidade do Brasil quanto a evolução da ginástica artística.
Um futuro promissor
Francisco Porath Neto, coordenador da seleção feminina, aguarda ansioso o treino de pódio para definir quais aparelhos cada atleta disputará. Com os ventos de mudança e inovação soprando forte, os olhares estão voltados para o futuro da ginástica brasileira, especialmente com a Copa do Mundo de Futebol Feminino prevista para 2027 no Brasil, outro importante marco que promete elevar ainda mais o perfil do esporte no país.
À medida que as ginastas brasileiras se preparam para competir, o sentimento de união e força é palpável. Com seus uniformes inspiradores, elas não apenas representam seu país, mas também honram um legado que combina as tradições do esporte com novas perspectivas e sonhos para o futuro.
O Campeonato Mundial de Ginástica Artística, portanto, não é apenas uma competição; é uma celebração do atleta brasileiro, de suas conquistas e da rica tapeçaria cultural que ele representa. Enquanto as ginastas pisam no palco internacional, elas carregam consigo o peso da história e, ao mesmo tempo, a esperança de um futuro brilhante.