Brasil, 17 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

RFK Jr. faz declarações polêmicas sobre esperma de adolescentes e fertilidade

Declarações do político sobre fertilidade juvenil e envelhecimento provocam questionamentos e reações nas redes sociais

Na última terça-feira, o ativista e advogado Robert F. Kennedy Jr. gerou debate ao afirmar que adolescentes nos EUA têm 50% do esperma e testosterona de homens de 65 anos, além de sugerir uma crise na fertilidade. As afirmações, sem respaldo científico, provocaram reações de ceticismo e perplexidade.

Desacordo com as alegações sobre esperma de adolescentes

RFK Jr. afirmou que “hoje, o adolescente médio neste país tem 50% do esperma e testosterona de um homem de 65 anos”, uma teoria que não possui evidências científicas. Especialistas destacam que esse tipo de afirmação é infundada e contradiz estudos que indicam estabilidade na saúde reprodutiva juvenil.

Um analista explicou que uma interpretação possível das palavras do político considera que ele usou a expressão “adolescente médio” de forma imprecisa, talvez se referindo a uma “média geral” de níveis hormonais, mas ressaltou a falta de dados confiáveis que sustentem tal argumento.

Idade precoce de puberdade em meninas

Estudo recente aponta avanço na puberdade feminina

RFK Jr. também alegou que as garotas estão entrando na puberdade seis anos antes do esperado. De fato, uma pesquisa publicada em 2022 na JAMA Network Open revelou que meninas nascidas entre 2000 e 2005 menstruaram, em média, seis meses antes das nascidas entre 1950 e 1969, mostrando uma tendência de avanço, mas em escala muito menor do que a de RFK sugeriu.

Declarações sobre natalidade e preocupação social

Outro ponto polêmico foi sua afirmação de que “nossos pais não estão tendo filhos”, uma frase que gerou questionamentos sobre seu entendimento de “pais” e seu relacionamento com a questão demográfica. Críticos apontaram que a fala parecia desconectada da realidade, levando muitos a considerarem o comentário como alarmista e sem fundamento.

Reações nas redes socioessociais mostraram ceticismo, com alguns usuários acusando RFK Jr. de falta de autoconsciência ao falar em natalidade enquanto desconhecem as contrapartidas do sistema de saúde ou as dificuldades enfrentadas pelos jovens na hora de formar famílias.

Repercussões e críticas

Em meio ao debate, advogados, cientistas e ativistas criticaram as declarações do político, ressaltando que seus argumentos parecem mais uma tentativa de alarmar do que de informar com base em evidências. Um usuário comentou: “São os mesmos que querem reduzir o acesso à saúde, então por que falar de fertilidade juvenil assim, sem sentido?”

RFK Jr. também fez apelos para que a população tenha mais filhos, mas suas declarações têm sido vistas como uma mistura de alarmismo e desinformação por muitos especialistas, que pedem maior rigor na abordagem do tema.

Perspectivas futuras

A controvérsia levanta questões sobre a influência de figuras públicas na opinião pública e a importância de informações baseadas em dados confiáveis. Estudos continuam apontando que, embora haja alguns sinais de mudanças na puberdade e fertilidade, essas questões ainda exigem análise aprofundada e respaldo científico sólido.

Por ora, o debate seguirá polarizado, com defensores de RFK Jr. apontando preocupações legítimas sobre saúde hormonal, enquanto especialistas reforçam a necessidade de verificar fatos antes de disseminar informações sensacionalistas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes