Brasil, 17 de outubro de 2025
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Lula critica uso excessivo de redes sociais e mensagens de bom dia

No congresso do PCdoB, presidente Lula expressa preocupação sobre a comunicação digital e a dependência dos celulares.

Durante um congresso do PCdoB em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levantou um debate importante sobre os hábitos da população nas redes sociais. Com um tom descontraído e humorístico, Lula criticou o que considera um uso excessivo de dispositivos móveis e as constantes trocas de mensagens, especialmente as famosas mensagens de “boa noite” e “bom dia” que circulam em grupos de WhatsApp. O mandatário surpreendeu a plateia ao afirmar que não entende a razão para “tanta conversa” virtual quando as interações pessoais parecem ser deixadas de lado.

Reflexões sobre a comunicação moderna

Lula enfatizou que novas tecnologias, que teoricamente deveriam facilitar a comunicação, estão criando uma dependência digital, a qual ele chamou de “doença”. “Eu sempre achei que parente bom era aquele que a gente via uma vez por mês, mas agora não. É toda noite um ‘zap’ de ‘boa noite, querido’, ‘bom dia, querido’”, disse ele, expressando sua crítica às interações superficiais que dominam os dias dos brasileiros.

Além de reclamar das mensagens constantes, Lula recordou situações em reuniões onde, ao invés de aproveitar o momento para interagir, os participantes estão focados em seus celulares. “Você não consegue mais fazer uma reunião presencial porque, se tem quatro na mesa, três estão conversando no celular”, observou, com uma pitada de ironia, perguntando se alguém esperava uma ligação de líderes mundiais como Xi Jinping ou Putin.

A inquietação e falta de controle nas relações

O presidente também aproveitou a oportunidade para criticar as mensagens absurdas e perturbadoras que muitas pessoas costumam receber à noite, que podem afetar a qualidade do sono. “Eu não quero saber de notícia ruim para perder o sono”, afirmou Lula, destacando que a constante atualização de informações e notificações pode levar a uma “inquietação” generalizada.

Citando a dinâmica de casais modernos, Lula ressaltou que, ao acordar, cada um dos parceiros vai direto para o celular em vez de se conectarem fisicamente. “Em vez do marido dar um cheiro na mulher e a mulher dar um cheiro no marido, cada um pega o celular”, lamentou o presidente, sugerindo que o convívio humano está sendo prejudicado pelas tecnologias.

A importância de resgatar os laços pessoais

A crítica de Lula destaca um tema presente nas discussões contemporâneas sobre saúde mental e relações pessoais. A dependência dos dispositivos móveis e das redes sociais tem gerado um debate sobre como resgatar o contato humano verdadeiro em um mundo cada vez mais virtual.

O presidente concluiu ressaltando a importância das interações que não envolvem tecnologia, sugerindo que devemos olhar o lado positivo do convívio e fortalecer as relações pessoais. A reflexão de Lula é um chamado para que as pessoas reconsiderem suas formas de interação social e valorizem o diálogo face a face.

Num momento em que a sociedade está cada vez mais obcecada por notícias e redes sociais, as palavras de Lula servem como um lembrete de que, por trás da tela, existem laços humanos que precisam ser cultivados. O desafio agora é encontrar um equilíbrio saudável entre a tecnologia e as relações reais, não só para bem-estar individual, mas para a saúde coletiva da sociedade.

A abordagem do presidente a um tema tão pertinente e atual ressalta a necessidade de reflexão e diálogo sobre como a tecnologia molda nossas vidas e relações interpessoais. Afinal, como podemos construir uma sociedade mais coesa sem as interações que realmente importam?

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