A próxima rodada de negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China deve acontecer na semana que vem, com o objetivo de amenizar as tensões entre as duas maiores economias do mundo. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmou que manterá encontros na Malásia, em preparativos para uma reunião entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, prevista para este mês na Coreia do Sul.
Expectativas e planejamento para diálogo estratégico
Durante evento na Casa Branca, Bessent afirmou que conversaria com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, na noite desta sexta-feira (16/10), no horário de Nova York. Segundo ele, o encontro inclui uma delegação e visa preparar a cúpula entre Trump e Xi Jinping, que deve ocorrer na Malásia, aproximadamente em uma semana. “Ele e eu, junto com uma delegação, vamos nos encontrar na Malásia — provavelmente daqui a uma semana — para preparar o encontro entre os dois presidentes”, declarou o secretário.
Clima de otimismo e esforços de conciliação
As declarações de Bessent ocorrem após declarações otimistas do próprio Donald Trump, que indicou que as negociações com as autoridades chinesas têm potencial para resultar em um acordo que contenha a crise comercial. Trump afirmou, em entrevista à Fox Business, que “estamos indo muito bem” e que entende que “há um bom relacionamento com a China”.
Ele também destacou a sua expectativa de que o encontro com Xi Jinping será realizado como planejado, mesmo após ter considerado, há uma semana, cancelar a reunião devido às restrições chinesas ao fornecimento de terras-raras — elementos estratégicos para os Estados Unidos. Nesse período, Trump anunciou uma sobretaxa de 100% sobre produtos importados da China, que entraria em vigor em novembro, mas posteriormente considerou desnecessária a implementação dessas tarifas elevadas.
Contexto econômico e negociações anteriores
As negociações atuais representam uma tentativa de recuperar uma trégua firmada no início do ano, na qual Washington suspendeu tarifas de 145% sobre produtos chineses e Pequim comprometeu-se a retomar o fornecimento de ímãs de terras raras. O acordo, no entanto, expira em novembro, o que aumenta a expectativa por um entendimento comum entre as partes.
Além disso, as conversas atuais sinalizam a continuidade dos esforços para evitar uma guerra comercial de escala maior, que poderia impactar significativamente a economia global. Até o momento, já ocorreram quatro rodadas de negociações bilaterais e encontros entre os principais representantes econômicos de ambos os países — incluindo reuniões em Madri, Estocolmo, Londres e Genebra.
Perspectivas e próximos passos
Segundo Bessent, há uma percepção de melhora na relação bilateral, com uma “redução das tensões” e a expectativa de que a China demonstre o mesmo respeito já evidenciado pelos Estados Unidos. “Estou confiante de que o presidente Trump, devido ao seu relacionamento com o presidente Xi, conseguirá colocar as coisas novamente nos trilhos”, afirmou o secretário.
As autoridades americanas indicam que a rodada de negociações na Malásia pode resultar em avanços significativos para evitar uma escalada da guerra comercial, que nesta fase ameaça prejudicar a economia mundial e o comércio internacional.
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