Brasil, 17 de outubro de 2025
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Uruguai aprova lei que legaliza a eutanásia

Senado uruguaio aprova projeto de lei que permite a eutanásia para maiores de 18 anos com doenças incuráveis e sofrimento intolerável

Na quarta-feira, 15 de outubro de 2025, o Senado do Uruguai aprovou por 20 votos favoráveis, o projeto de lei que legaliza a eutanásia no país. Após passar na Câmara dos Deputados em agosto, a matéria agora será encaminhada ao presidente Yamandú Orsi, do Frente Ampla, que poderá sancionar ou vetar a legislação, total ou parcialmente.

Legalização da eutanásia no Uruguai gera debate

O projeto estabelece que qualquer pessoa maior de 18 anos que sofra de patologias crônicas, incuráveis e irreversíveis, e cuja qualidade de vida esteja seriamente comprometida, com sofrimento intolerável, poderá solicitar a eutanásia. Caso seja sancionada, Uruguai se tornará o primeiro país da América do Sul a legalizar a prática por meio de processo legislativo.

Países como Colômbia e Equador já abriram precedentes para a eutanásia através de decisões judiciais, mas ainda não possuem uma legislação específica que regulamente o procedimento de forma federal.

Líderes religiosos criticam a lei e alertam sobre riscos

Em comunicado divulgado após a aprovação no Senado, a Conferência Episcopal do Uruguai afirmou que a legislação promove uma “cultura de morte”.

“Numa nação com alta taxa de suicídio e dificuldades na abordagem de saúde mental, essa lei contraria o valor e a dignidade da vida humana, colocando-nos numa trajetória perigosa, na qual a busca pela morte é normalizada como solução para situações que podem ser enfrentadas por outros meios”, disseram os bispos uruguaios.

Reafirmando uma mensagem emitida em junho deste ano, os líderes religiosos ressaltaram que “toda vida humana é algo único, irrepetível e insubstituível; seu valor independe de condição de saúde, etnia, sexo, cultura, situação socioeconômica ou qualquer outro fator”.

Perspectivas futuras e valores a serem defendidos

Segundo o documento, morrer com dignidade significa morrer sem dor ou sintomas não controlados, no tempo natural, sem prolongar ou abreviar indevidamente a vida, cercado pelo amor da família e amigos, com suporte espiritual e participação nas decisões que afetam a pessoa.

Os bispos reiteraram o compromisso de continuar lutando pela proteção da vida e de sua dignidade, conforme previsto na Constituição do país e em tratados internacionais assinados pelo Uruguai.

“Os momentos de maior fragilidade humana podem ser uma oportunidade para redescobrir o significado transcendente de nossas vidas”, concluíram.

Para mais informações, acesse a reportagem original publicada por ACI Prensa.

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