No Brasil, um caso horripilante envolvendo uma universitária está chocando a opinião pública e levantando debates sobre maus-tratos a animais. Ana Paula Veloso Fernandes, acusada de ser uma “serial killer”, confessou a polícia que não apenas envenenou e matou quatro pessoas, mas também que tirou a vida de vários cães utilizando veneno, conhecido popularmente como “chumbinho”. A história ganhou notoriedade após a divulgação de um vídeo do interrogatório da suspeita, realizado em 25 de agosto, que foi acessado pelo g1. A polícia está investigando a morte de pelo menos 14 cães, incluindo filhotes, em Guarulhos e outras localidades.
O caso policial
A investigação da Polícia Civil de Guarulhos revelou que Ana Paula é suspeita de ter envenenado pelo menos 14 cães. Dentre eles, dez filhotes pertencentes à sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes. Também há relatos de quatro cães adultos, que estavam sob os cuidados do ex-marido de Ana Paula. Se as investigações comprovarem que os cães foram envenenados, tanto Ana Paula quanto seus cúmplices poderão ser responsabilizados por maus-tratos a animais.
O ex-marido da universitária expressou sua indignação ao relatar como alguns de seus animais morreram de forma súbita e misteriosa. “Os cachorros estavam apresentando sinais de envenenamento, como baba excessiva. Antes de tudo isso acontecer, eu não sabia do que estava acontecendo”, revelou o homem que preferiu não se identificar.
A confissão da acusada
Durante o interrogatório, a delegada perguntou à Ana Paula por que ela usou o veneno. A resposta dela foi inquietante: “Porque eu já tinha em casa… eu tinha matado a cachorra”. Ana Paula admitiu que possuía o veneno porque planejava usá-lo contra um cachorro da irmã. Suas declarações, aliadas a um comportamento aparentemente despreocupado durante o interrogatório, deixaram os investigadores alarmados.
“Ela disse que ’[o veneno] tinha dado certo antes’. Isso mostra a falta de empatia e a frieza dela frente aos crimes que cometeu”, afirmou o delegado Halisson Ideiao Leite, ressaltando a gravidade da situação. Durante a busca na casa de Ana Paula, a polícia apreendeu um veneno, identificado como terbufós, que é um inseticida agrícola conhecido por sua toxicidade.
Repercussão e próximo passos
A prisão de Ana Paula e sua irmã Roberta gerou grande comoção e indignação entre ativistas dos direitos dos animais e a população em geral. Muitos estão clamando por justiça não apenas pelas vidas humanas que foram perdidas, mas também pela crueldade cometida contra os cães. As autoridades estão agora trabalhando para recuperar os cães que sobreviveram e garantir que eles recebam os cuidados necessários.
Três cães foram resgatados da propriedade de Ana Paula e estão em um abrigo aguardando adoção. “Esses cães foram vítimas de maus-tratos e precisam de um lar seguro”, afirmou o delegado, pedindo a colaboração da comunidade para ajudar na adoção desses animais.
A história continua a se desenrolar
À medida que a investigação avança, novas informações podem surgir. A ligação de Ana Paula com os crimes a coloca em um foco ainda maior devido ao seu histórico de tentativas de envenenamento, como em casos anteriores onde tentou envenenar colegas em sua faculdade. A questão que permanece é: como alguém pode chegar a um ponto tão sombrio? E como a sociedade pode proteger os mais vulneráveis, sejam eles humanos ou animais, diante de tais atrocidades?
A sociedade observa ansiosamente à medida que novas revelações vão emergindo e que a justiça busque responsabilizar todos os envolvidos. É vital que este caso permaneça nas mentes de todos, não apenas como uma horrível tragédia, mas como um chamado à ação para proteger aqueles que não têm voz.
Com a continuidade das investigações e processos legais, a população brasileira aguarda respostas e soluções para que atos de crueldade como esses não se repitam no futuro.