A fase regular das eliminatórias africanas para a Copa do Mundo de 2026 chegou ao fim, e nove seleções já estão garantidas no torneio. Egito, Senegal, Cabo Verde, Marrocos, Costa do Marfim, Tunísia, Argélia, Gana e África do Sul representarão o continente no próximo Mundial. Além disso, ainda há chance de uma décima vaga, que será disputada nos play-offs intercontinentais.
Uma nova geração de treinadores africanos
Um dado curioso marca a nova geração do futebol africano: sete das nove seleções classificadas são comandadas por ex-jogadores, muitos deles com passagens em Mundiais. Apenas Vladimir Petkovic (Argélia) e Hugo Broos (África do Sul) fogem à regra. Essa tendência de ex-atletas assumirem o comando técnico das seleções traz uma nova perspectiva ao futebol africano, unindo experiência de campo e conhecimento tático.
Os técnicos que fizeram história nas eliminatórias
Maior artilheiro da história dos Faraós, Hossam Hassan assumiu o comando da seleção egípcia em fevereiro de 2024, substituindo o português Rui Vitória. Com seu talento estratégico, ele negociou um retorno triunfante do Egito ao Mundial após oito anos de ausência. A equipe não participava desde 2018 e a classificação é um marco para os torcedores egípcios.
O Senegal, uma das potências do continente, contou com a liderança de Thiaw, um ex-centroavante que substituiu o histórico Aliou Cissé em dezembro de 2024. Ele conseguiu manter o Senegal na elite do futebol africano, e agora os Leões de Teranga se preparam para competir em seu terceiro Mundial consecutivo.
Cabo Verde também fez história, ao ser conduzido por Pedro Leitão Brito, conhecido como Bubista. Sob sua direção, os Tubarões Azuis superaram favoritos como Camarões e se tornaram um símbolo da nova era do futebol africano, conquistando assim sua primeira vaga na Copa do Mundo.
Marrocos e seu desempenho notável
Outro destaque das eliminatórias foi o treinador Walid Regragui, responsável por levar Marrocos às semifinais no Catar em 2022, um feito inédito para uma seleção africana. Ele retorna à Copa do Mundo após uma campanha impecável nas eliminatórias, reforçando o status de Marrocos como uma potência do futebol no continente africano.
Outros cases de sucesso nas eliminatórias
Emerse Faé, ex-meio-campista e agora treinador da Costa do Marfim, assumiu a equipe em janeiro de 2024 e a transformou em um dos times mais defensivos da fase eliminatória, não sofrendo gols durante sua classificação.
Sami Trabelsi, ex-zagueiro da Tunísia, retornou ao cargo em fevereiro de 2025 e conduziu sua seleção à sétima participação em Copas do Mundo, com uma campanha impressionante: nove vitórias em dez jogos e nenhuma derrota. Sua liderança demonstra o potencial da seleção tunisiana em competições globais.
O técnico Addo, que já havia enfrentado críticas por sua falha em classificar Gana para a Copa Africana de Nações, respondeu com sucesso ao levar o país à Copa do Mundo. Ele já havia dirigido o Gana na Copa de 2022, enfrentando Portugal na fase de grupos e agora se prontificando a levar sua equipe a novos horizontes.
Com tantas histórias de superação e talento, as eliminatórias africanas para a Copa do Mundo de 2026 destacam uma era promissora para o futebol no continente. O papel de ex-atletas como treinadores não apenas enriquece a competição, mas também fornece inspiração a futuras gerações de jogadores africanos.
Agora, faltando menos de um ano para o início do Mundial, o mundo do futebol aguarda ansiosamente para ver o que essas seleções farão no cenário global e como elas representarão a rica e diversa cultura futebolística da África.
