A última quinta-feira (16) foi marcada por um clássico que deixou os torcedores do Corinthians em polvorosa. O Santos dominou o jogo na Vila Belmiro, vencendo o rival por 3 a 1. O resultado não apenas aumenta a pressão sobre o Corinthians, mas também expõe as fragilidades da equipe, que segue lutando na parte baixa da tabela do Campeonato Brasileiro.
Uma partida marcada por falhas defensivas
O Corinthians começou a partida sendo amplamente dominado pelo Santos, apresentando um desempenho abaixo do esperado, especialmente na primeira etapa. O time, sob a direção do auxiliar Lucas Silvestre, que substituiu o técnico Dorival Júnior devido a uma suspensão, viu os adversários abrirem o placar com gols de Zé Rafael e Barreal antes do intervalo. Na segunda metade, Rollheiser ampliou para o Santos, complicando ainda mais a vida do Timão.
Embora o Corinthians tenha tentado reagir no segundo tempo, com a entrada de Rodrigo Garro e Memphis Depay, o que resultou em um gol de Raniele, não foi o suficiente para evitar a derrota. A fragilidade defensiva em ambos os lados do campo e a falta de intensidade foram evidentes durante toda a partida, indicando uma necessidade urgente de reavaliação dentro do elenco.
Sem desculpas após o resultado
Na coletiva pós-jogo, Lucas Silvestre não hesitou em assumir a responsabilidade pela má apresentação da equipe. O auxiliar enfatizou que o desempenho da equipe foi insatisfatório e que a postura em campo não deveria ter refletido a preparação que havia sido feita para o jogo. “Nossa postura, principalmente no primeiro tempo, foi muito abaixo do que a gente vem produzindo. O resultado passa menos pela tática e mais pela energia e pela disposição, pontos em que deixamos a desejar”, destacou o auxiliar.
Silvestre também mencionou que a equipe estava ciente do estilo de jogo competitivo que o Santos traria ao clássico, posto que a comissão técnica havia preparado o elenco para enfrentar um adversário agressivo desde os primeiros minutos. “Dói ainda mais porque a preparação foi feita da forma correta”, reforçou.
Voltas de Memphis Depay e Rodrigo Garro
Em relação às substituições feitas na segunda etapa, Silvestre explicou que tanto Garro quanto Depay estavam limitados fisicamente, podendo atuar apenas cerca de 30 minutos. Apesar de uma melhora visível após as alterações, o Corinthians não conseguiu capitalizar em cima da leve reação. O resultado ressalta a dificuldade do time em se impor no jogo e a vulnerabilidade que vem se tornando recorrente.
Com apenas 33 pontos conquistados, o Corinthians permanece próximo da zona de rebaixamento, a apenas oito pontos de distância do Vitória, que ocupa a 17ª posição. A pressão sobre a equipe aumenta a cada rodada, e a torcida clama por melhores performances.
Pressão e postura diferente contra o Atlético-MG
O próximo desafio do Corinthians será contra o Atlético-MG, neste sábado, na Neo Química Arena. Silvestre mantém a esperança de que a equipe reaja imediatamente. “A preparação foi feita, os jogadores foram alertados, e temos que reagir. A postura no próximo jogo vai ser outra”, garantiu.
Com a expectativa de ter Dorival Júnior de volta ao comando técnico, a equipe buscará uma vitória essencial, uma vez que nas últimas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro, a vitória só foi alcançada uma vez. Se não reverter a situação, o Corinthians poderá enfrentar tempos sombrios na competição.