Brasil, 16 de outubro de 2025
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Prefeitura de Porto Alegre abre inquérito após confronto com manifestantes

Confronto entre Guarda Municipal e manifestantes deixa vereadores feridos em Porto Alegre; inquérito é aberto para apuração.

Na quarta-feira (15), a cidade de Porto Alegre foi palco de um violento confronto entre integrantes da Guarda Municipal e manifestantes, em frente à Câmara de Vereadores. O episódio resultou em vereadores feridos, que relataram ter sido atingidos por balas de borracha e spray de pimenta. Diante da gravidade da situação, o prefeito Sebastião Melo (MDB) anunciou a abertura de um inquérito para investigar os eventos que levaram ao tumulto.

Investigação por meio de inquérito

O prefeito Sebastião Melo comunicou a abertura do inquérito através de uma postagem no X (antigo Twitter). Melo afirmou que o procedimento será minucioso e buscará apurar todos os elementos que contribuíram para o confronto, incluindo a análise das imagens das câmeras corporais dos agentes da segurança pública. “O procedimento deverá averiguar todos os elementos que contribuíram para o ocorrido”, disse o prefeito.

Contexto do protesto

Os manifestantes estavam protestando contra dois projetos de lei que estavam em votação na Câmara. O primeiro projeto versa sobre a concessão do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) para a iniciativa privada, enquanto o segundo restringe a atuação de catadores de lixo na capital. A vereadora Comandante Nádia (PP), presidente da Câmara, acionou um protocolo de segurança, que limitou a entrada de pessoas no plenário, provocando frustração entre os manifestantes.

Relatos das agressões

De acordo com uma nota divulgada pela oposição, as negociações entre os vereadores visavam permitir que os manifestantes adentrassem a Câmara para se proteger da temperatura alta. Contudo, a Guarda Municipal foi acionada e, segundo relatos, disparou bombas de gás contra os manifestantes, parlamentares e funcionários da casa. Entre os vereadores feridos, estava Erick Dênil (PCdoB), que relatou ter sido atingido por balas de borracha na perna e compartilhou imagens de seus ferimentos nas redes sociais.

Dano físico e psicológico aos vereadores

Outros parlamentares, como o deputado estadual Miguel Rossetto (PT) e a vereadora Atena Roveda (PSOL), também sofreram consequências do confronto. Rossetto mostrou perfurações em seu terno, enquanto Roveda relatou ter sido atingida com spray de pimenta e estilhaços de bombas, precisando ser levada ao Hospital Pronto Socorro. Juntamente com Roveda, outros vereadores como Giovani Culau (PCdoB) e Grazi Oliveira (PSOL) relataram também terem sido agredidos durante a confusão.

Posição da vereadora Comandante Nádia

Após o incidente, a vereadora Comandante Nádia divulgou um vídeo lamentando a situação. Em sua gravação, ela defendeu a intervenção da Guarda Municipal como necessária para garantir a segurança dos vereadores, assessores e até da imprensa presente. “Por questão de segurança foi necessária, sim, a intervenção da guarda municipal para garantir a integridade dos vereadores, dos assessores, da própria imprensa”, afirmou Nádia.

A vereadora enfatizou que o parlamento deve ser um espaço de debate e divergências, mas jamais um local de desordem ou desrespeito. A situação gerou polêmica nas redes sociais e entre os cidadãos, com muitos questionando a gestão do conflito pela segurança pública local. A expectativa agora é sobre as consequências e desdobramentos do inquérito que se seguirá para investigar a conduta da Guarda Municipal durante o confronto.

O episódio levanta questões sobre o direito de manifestação e a resposta das autoridades frente a situações de protesto, pontos que continuam a ser debatidos em Porto Alegre e em todo o Brasil. Com as investigações em andamento, a população aguarda respostas claras e ações efetivas para evitar que episódios similares voltem a ocorrer.

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