A Operação Overclean continua a gerar repercussões significativas na política baiana, com o afastamento do prefeito de Riacho de Santana, Dr. João Vítor (PSD), e a prisão do prefeito de Wenceslau Guimarães, Gabriel de Parisio (MDB). Ambos foram alvos da sétima fase da operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (16). O foco da ação é desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
A ação da Polícia Federal
Durante a operação, Gabriel de Parisio foi preso por posse ilegal de arma de fogo em sua residência, enquanto um mandado de busca e apreensão foi cumprido simultaneamente em diversas localidades, incluindo Salvador e Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciando a gravidade das acusações.
A Polícia Federal informou que os envolvidos na operação poderão responder por uma série de crimes graves, incluindo organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro. Essas acusações refletem meses de investigações sobre práticas corruptas que comprometem a administração pública e o uso adequado dos recursos.
Deputado federal envolvido
Paralelamente, também foi noticiado que o deputado federal Dal Barreto (União Brasil) teve seu celular apreendido no Aeroporto Internacional de Salvador durante esta nova fase da Operação Overclean. A apreensão aconteceu apenas dois dias após sua inclusão em uma fase anterior da investigação. Embora as suspeitas contra ele ainda não tenham sido divulgadas pela PF, fontes indicam que suas investigações estão ligadas a um dos alvos anteriores da operação.
Em entrevista à TV Bahia, Dal Barreto se defendeu, afirmando não ter relação com as acusações. “As provas vão chegar no momento certo e as pessoas vão entender. Tudo vai ser conduzido pela Justiça, e a gente vai aguardar que a Justiça esclareça sempre”, disse o parlamentar.
Repercussões políticas e sociais
O desdobramento desta operação gerou grande indignação na sociedade baiana e levantou questões sobre a integridade das instituições políticas. Indivíduos e organizações clamam por uma investigação profunda e transparente, que permita restabelecer a confiança na administração pública. A população também se questiona sobre as medidas que estão sendo tomadas para garantir que atos de corrupção não voltem a ocorrer no futuro.
Dal Barreto, que está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, tem uma trajetória marcada por posições políticas controversas, incluindo sua votação favorável a propostas que visam proteger políticos envolvidos em atos considerados golpistas. Esse fator pode influenciar a percepção pública e o apoio a ele nas próximas eleições.
O que esperar das próximas etapas da investigação
Com a continuidade da Operação Overclean, a expectativa é que mais informações venham à tona e que outras figuras políticas possam ser investigadas. Até o momento, a operação já resultou em prisões e afastamentos importantes, fazendo referência a um sistema mais amplo de corrupção e fraudes que afeta não apenas a política baiana, mas também outras regiões do Brasil.
A medida que novas evidências são coletadas, muitos aguardam um tempo de resposta das instituições. A confiança da população depende da transparência e rigor nas investigações, e a cidadania se mobiliza para reivindicar justiça e a responsabilização dos envolvidos.
Em um momento em que o Brasil enfrenta crises políticas e econômicas, eventos como a Operação Overclean são cruciais para determinar o futuro da governança e a saúde das instituições democráticas no país. À medida que as investigações avançam, será essencial que a justiça prevaleça e que aqueles que abusam de sua posição pública sejam responsabilizados adequadamente.
Acompanharemos o desenrolar deste caso e traremos atualizações conforme novas informações surgirem.
