No dia 6 de outubro, uma tragédia abalou a comunidade de Salvador quando Marta Maria dos Santos, uma policial rodoviária federal aposentada, foi atropelada enquanto treinava para uma corrida na Avenida Paulo VI, no bairro da Pituba. Infelizmente, a vítima faleceu no último dia 16 de outubro, no Hospital Geral do Estado (HGE), conforme confirmado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Detalhes do atropelamento
O atropelamento foi causado por João Victor Santos, um jovem de apenas 20 anos que dirigia um carro na contramão. Ao ser ouvido pelas autoridades, o suspeito se apresentou na delegacia e foi liberado após prestarem depoimento. O que torna este caso ainda mais preocupante é o fato de que João Victor não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e teria tentado ocultar evidências do acidente.
Informações investigativas indicaram que, após o atropelamento, o jovem pediu a um amigo para ajudá-lo a trocar algumas peças do veículo, incluindo o para-brisa. O carro, que pertence à mãe de João, foi apreendido para realização de perícia. A mãe do suspeito, que não teve o nome revelado, também foi ouvida e afirmou que não autorizou seu filho a usar o carro.
Um legado de dedicação e amor ao próximo
Marta Maria dos Santos deixou um legado importante não apenas por sua carreira na PRF, onde foi a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado da Bahia (SINPRF-BA), mas também por seu envolvimento em projetos de ajuda humanitária. A policial aposentada atuava em defesa da dignidade humana, igualdade e justiça social, mostrando seu comprometimento com a comunidade.
Além de seu envolvimento social, Marta era uma corredora amadora há 10 anos e estava se preparando para participar da tradicional Corrida de São Silvestre, agendada para ocorrer em dezembro na cidade de São Paulo. Sua paixão pela corrida era evidente, e muitos a admiravam não apenas por suas conquistas, mas também pela forma como inspirava outras pessoas ao seu redor.
O impacto do acidente
O acidente gerou uma onda de comoção nas redes sociais, onde muitos amigos e colegas de trabalho expressaram suas condolências e recordaram momentos marcantes com Marta. A gravação de uma câmera de segurança que registrou o atropelamento trouxe um novo desdobramento ao caso, mostrando claramente que o carro trafegava na contramão e que o motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. A indignação da população e a busca por justiça ganham força à medida que o caso avança na Delegacia da Pituba.
A PRF se manifestou sobre o ocorrido, ressaltando a importância de se respeitar as leis de trânsito e a necessidade de um maior rigor nas ações de segurança viária. As autoridades estão acompanhando de perto as investigações e, até o momento, João Victor Santos seguirá respondendo em liberdade enquanto as apurações continuam.
Reflexão sobre a segurança no trânsito
Este trágico incidente não apenas resultou na perda de uma vida, mas também levanta questões importantes sobre a segurança no trânsito e o comportamento de motoristas jovens e inexperientes. Com a pressão para se promover mudanças significativas nas atitudes de direção e maior responsabilização, espera-se que tragédias como esta sirvam de lição e inspirem ações que impeçam que outras vidas sejam perdidas.
À medida que a investigação avança, muitos esperam não apenas justiça para Marta, mas também que a fatalidade traga à tona uma discussão mais ampla sobre segurança viária em Salvador e em todo o Brasil.